A artéria radial (acesso radial) fica localizada no punho, e a sua utilização para realização de cinecoronariografia foi descrita inicialmente por Campeau, do Montreal Heart Institute, Canadá, em 1989. Posteriormente, os Drs. Kiemeneij e Laarman, em Amsterdã, Holanda, passaram a utilizar a via radial para realização da angioplastia coronária com implante de stents (dilatação das obstruções das artérias coronárias com colocação de pequenas próteses metálicas).
As vantagens do acesso transradial são inúmeras – acesso radial. O emprego da via radial permite que o paciente caminhe imediatamente após o término do procedimento, o que aumenta significativamente a sensação de conforto. Em contraste, quando o procedimento é realizado pela virilha (técnica femoral), há necessidade de que o paciente permaneça deitado com a perna imóvel por no mínimo quatro horas após o fim do exame. Além disso, a via radial está associada à menor incidência de sangramento e hematomas no local da de punção e também a um menor risco de complicações vasculares graves (fístula arteriovenosa, pseudoaneurisma) em comparação com a via femoral (pela virilha).
Apesar dessas vantagens, a abordagem da artéria radial requer uma maior experiência do médico que a utiliza. Por requerer um treinamento específico, muitos cardiologistas ainda preferem usar a via femoral apesar dos comprovados benefícios para o paciente proporcionados pelo uso da artéria radial.
O Dr. Gilberto Nunes tem utilizado essa técnica de forma rotineira em mais de 90% dos pacientes desde 1998. Com isso, vem acumulando uma das maiores experiências brasileiras (mais de 20 mil casos) com o uso dessa via de acesso para realização tanto do cateterismo cardíaco diagnóstico quanto do implante de stents coronários.