Como as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil e no mundo, é fundamental conhecer os fatores de risco que levam a isso, especialmente aqueles que podem ser modificados. Esse é o foco das questões que o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes vem abordando em seu quadro semanal no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV).

Dando continuidade à análise do estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, recentemente publicado na renomada revista médica “The New England Journal of Medicine”, no último domingo (12), o Dr. Gilberto comentou sobre mais um fator de risco modificável apontado nesse estudo: a pressão arterial.pressão arterial

A pressão arterial é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, é muito importante que as pessoas saibam qual são seus níveis de pressão de modo geral.

O cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes destaca um ponto importante: pressão alta não é um pico isolado de pressão. Pressão alta significa que a pressão arterial está acima do recomendado na maioria dos dias ou das horas do dia, e não em uma situação extrema. “Picos isolados de pressão arterial não caracterizam a doença hipertensão”, reforça o cardiologista.

A pressão arterial alta aumenta o dano vascular e, consequentemente, favorece que a formação de placas de gordura nas artérias coronárias, nas artérias do cérebro ou nas artérias carótidas. Além disso, se uma pessoa hipertensa apresenta picos altos de pressão arterial ou pressão sistematicamente descontrolada, está sujeita a um maior risco de rompimento de um vaso no cérebro e a subsequente ocorrência de um acidente vascular cerebral hemorrágico (que costuma ser mais grave do que o AVC isquêmico). Dessa forma, a pressão arterial não controlada pode aumentar tanto a incidência de infarto quanto dos dois tipos de AVC. Adicionalmente, esse descontrole pode causar danos sobre a retina, os rins e a circulação periférica.

Por outro lado, na maioria das vezes, pressão baixa não é um problema. Salvo em situações específicas de pacientes com doenças cardiovasculares agudas ou descompensadas, as quais a queda acentuada da pressão arterial pode ser um indicativo de gravidade do quadro clínico.

Causas da pressão alta

Em 90% dos casos não se sabe o que causa a elevação da pressão arterial. Em aproximadamente 10% dos casos é possível identificar uma causa específica. Essa situação geralmente ocorre em pessoas jovens que desenvolvem um quadro de hipertensão arterial em função de algumas doenças endócrinas ou do rim. A vantagem teórica nesses casos é que o tratamento da doença de base pode normalizar ou controlar de maneira mais adequada os níveis de pressão.

“À medida em que se envelhece, pelo enrijecimento das artérias do nosso corpo, existe uma tendência gradativa da pressão ir aumentando. De maneira que, em populações acima dos 60-70 anos, quase metade acabam ficando hipertensos pelo processo de envelhecimento”, comenta o Dr. Gilberto.

Felizmente, existe uma série de medicamentos bastante eficazes no controle da pressão arterial. Também são importantes no controle da pressão arterial a prática de atividade física regular e os cuidados com a alimentação. “Nada de saleiro na mesa”, recomenda o Dr. Gilberto Nunes.



As mortes globais e a incidência das doenças cardiovasculares (como infarto e acidente vascular cerebral ou AVC) são explicáveis em grande parte pela presença de cinco fatores de risco amplamente conhecidos e modificáveis. Essa é a conclusão apontada pelo estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, que foi recentemente publicado na renomada revista médica “The New England Journal of Medicine” e que o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes analisa em seu quadro semanal no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV).Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre foto Dia nacional de prevencao a obesidade

A obesidade é uma epidemia mundial. No Brasil, estima-se que entre 40 e 50% da população ou sejam obesas ou tenham sobrepeso. No Rio Grande do Sul, esse índice pula para 57%. O índice de massa corporal (IMC), uma medida muito utilizada para a quantificação do excesso de peso, foi o primeiro dos fatores de risco modificáveis identificado no estudo.

Para definir se uma pessoa é obesa ou não, é necessário saber não só o peso, mas também a sua altura. O IMC é calculado dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura em centímetros. O IMC considerado normal é até 24,9, tanto para homens quanto para mulheres. Se este índice estiver acima de 25 indica a presença de sobrepeso e, se for superior a 30, o diagnóstico é de obesidade grau I (numa escala que vai até a obesidade grau III chamada de obesidade mórbida). Importante ressaltar que o aumento do peso corporal é um fator de risco cardiovascular que pode ser modificado principalmente por intermédio de mudanças no estilo de vida.

 

Questão de saúde pública

Há vários estudos que indicam que existe uma correlação entre obesidade e doença cardiovascular e, também, com outras doenças (como o diabetes, por exemplo.) “Consequentemente, é necessário tratar a obesidade ou o excesso de peso como um problema de saúde pública. Não se trata de fazer nenhum julgamento de valor ou estético. Estamos falando de saúde e quanto mais próximo o indivíduo estiver do peso ideal, melhor para a sua saúde”, ressalta o Dr. Gilberto.

Na maioria dos casos, obesidade está relacionada a dois fatores básicos: excessiva ingesta de calorias (alimentos contendo carboidratos ultraprocessados, por exemplo) e a falta de atividade física regular. “Não é uma questão de quantidade, mas sim de qualidade da alimentação. O importante é ter uma dieta balanceada e saudável”, enfatiza o Dr. Gilberto.  “Além disso, da mesma forma que a pessoa geralmente conhece o seu tipo sanguíneo, é importante saber o seu IMC, com o objetivo de estar atenta à possibilidade de uma aproximação do limite do índice de obesidade, que é acima de 30”, completa o cardiologista.

Você confere a conversa completa em nosso canal do YouTube. (clique aqui)



No último domingo, 29 de outubro, em seu quadro no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV), o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes abordou recente estudo mundial que apontou os cinco fatores de riscos evitáveis de problemas cardiovasculares e morte por qualquer causa.

Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre gravacao programa

As mortes globais e a incidência das doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), são explicáveis, na sua maioria, por cinco fatores de risco amplamente conhecidos e modificáveis. Essa é a conclusão apontada pelo estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, que foi recentemente publicado na renomada revista médica The New England Journal of Medicine”.

Esses cinco fatores de risco são o índice de massa corporal (calculado dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura em centímetros), a pressão arterial, os níveis de colesterol, a presença ou não de diabetes e o fumo). Juntos, eles são responsáveis por 57% dos AVCs e infartos nas mulheres e por 52% desses eventos cardiovasculares nos homens. Além disso, esses cinco fatores são responsáveis por 27% das mortes por todas as causas ao final de 10 anos nas mulheres e por 22% delas nos homens. As conclusões desse estudo foram baseadas em uma análise de 112 estudos epidemiológicos realizados em 32 países de oito regiões geográficas e que envolveram mais de 1,5 milhão de pessoas.

Os achados desse estudo demonstram a importância não só da identificação desses fatores de risco mas, também, do seu controle. O fato de que todos os cinco fatores de risco são evitáveis reforça a necessidade de campanhas de educação e esclarecimento da população sobre o impacto deles na prevenção dos eventos cardiovasculares a longo prazo.

Desafio

É fundamental que as pessoas compreendam a importância desses fatores de risco: índice de massa corporal, pressão arterial, níveis de colesterol, presença ou não de diabetes, e fumo. “Mesmo com a realização de várias campanhas mostrando que esses fatores estão associados não só às doenças cardiovasculares, mas também a diferentes tipos de canceres, ainda não conseguimos controlá-los de maneira adequada”, ressalta o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes.

O estudo apontou também que, quando se faz a divisão por região geográfica, a América Latina é o local do planeta onde a taxa de fumo e o índice de massa corporal (que mede o grau de gordura de uma pessoa) são maiores em comparação a qualquer outra região do mundo. “Isso mostra o tamanho do desafio que temos e o quanto poderíamos impactar positivamente a mortalidade e a ocorrência de doenças cardiovasculares se conseguíssemos conscientizar as pessoas e tratar esses fatores de risco evitáveis”, reforça.

Notícia boa

Enquanto esse estudo emite um sinal de alerta do quanto é necessário trabalhar mais e tentar ser mais inovador na conscientização das pessoas, um dado positivo foi apresentado no último Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em Porto Alegre, no mês de setembro.

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostrou que nos últimos 30 anos houve uma redução de 53% das mortes relacionadas à doença cardiovascular e de 22% na ocorrência de infartos e acidentes vasculares cerebrais (entre outras doenças cardiovasculares) no Rio Grande do Sul. “Os dados desses dois estudos demonstram que, se por um lado precisamos evoluir na prevenção da ocorrência das doenças cardiovasculares, por outro, dispomos atualmente de tratamentos (novos medicamentos e técnicas de intervenção por cateter) muito eficazes em reduzir o risco de morrer em decorrência de um infarto ou um AVC”.

Nos próximos programas, o Dr. Gilberto vai individualizar cada um desses fatores de risco, explicando o que são, qual o impacto que eles têm na saúde e o que se pode fazer para controlá-los.

 



Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre capaAs participações do médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes no programa “Tudo por Você”, da RDCTV, visam esclarecer dúvidas da audiência sobre a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares.

Aos poucos, vamos reproduzir no site e nas nossas redes sociais esse conteúdo, muito importante para quem está preocupado em garantir a prevenção às doenças cardiovasculares.

O Dr. Gilberto participa do programa todas as terças-feiras, às 14h, na RDCTV – canais 24 e 524 da Claro TV, no YouTube, Soul TV, Max Cloud, e Globall Telecom.

Confira:

Qual a média considerada normal da frequência cardíaca adulta?

Essa é uma pergunta bem frequente. As pessoas se queixam de palpitação e não sabem exatamente o que é. De modo geral, a frequência cardíaca normal de um adulto se situa entre 60 e 100 batimentos cardíacos por minuto. Normalmente, existe alguma suspeita de arritmia cardíaca quando essa marca ultrapassa os 130/140 batimentos por minuto. Por outro lado, pode haver uma possibilidade de haver um bloqueio do sistema de condução cardíaco quando a frequência cardíaca se situa abaixo de 40 batimentos por minuto.
Eventualmente, em momentos de ansiedade ou de muito estresse emocional, a frequência cardíaca pode chegar a 110/115 batimentos por minuto. Se exceder 130, a gente precisa considerar que talvez exista uma chance da pessoa ter desenvolvido algum tipo de arritmia cardíaca, que, evidentemente, precisa ser diagnosticada para ser tratada de maneira adequada.

 

De que forma a pessoa pode fazer um acompanhamento dos seus batimentos cardíacos, caso não esteja utilizando equipamentos de monitoramento como o Holter? Os relógios inteligentes podem ajudar?

Sim, o relógio monitor cardíaco funciona, mas tem suas limitações, além de ser um produto de valor elevado. O mais simples é, se a pessoa tem a sensação de palpitação, tente palpar seu pulso e perceber alguns aspectos: qual a sua frequência cardíaca (contando o número de batimentos em um minuto); observar se o batimento está regular (ou seja, se mesmo acelerado está regular ou se eventualmente existem falhas, por exemplo, um batimento, uma falha, um batimento…). Isso vai ajudar o cardiologista a fazer o diagnóstico ou pelo menos ter uma ideia do que pode estar acontecendo com esse paciente. São medidas simples, dependem somente de a pessoa ficar parada e contar os seus batimentos, e podem facilitar o diagnóstico na hora da consulta ao cardiologista.



Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 211122 evento rotablator 1No último sábado (19/11), o médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou do XXI Encontro do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, realizado pela Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (Socergs). Durante o evento, que reuniu cardiologistas intervencionistas de todo estado, o Dr. Gilberto abordou o tema “Rotablator: técnica e literatura”

O Rotablator é um dispositivo utilizado para o tratamento das obstruções das artérias coronárias. Consiste em um cateter conectado a uma pequena ogiva coberta com microdiamantes. Esse cateter é conectado a uma turbina de ar comprimido que, quando acionada, faz a ogiva girar a uma velocidade média de 160.000 a 170.000 rpm (rotações por minuto). À medida que o cateter do Rotablator é avançado sobre a obstrução da artéria coronária, a ogiva giratória pulveriza pedaços da placa de gordura em pequenas micropartículas (com tamanho menor do que uma célula vermelha do sangue). Essas micropartículas são, então, eliminadas pela microcirculação.

A grande utilidade do Rotablator é no tratamento por cateter de obstruções causadas por placas de gordura (ateroma) muito duras devido à presença de grande quantidade de cálcio depositado no ateroma.Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre rotablator

Quando a obstrução é muito calcificada, a dilatação com o cateter-balão (angioplastia) não é capaz de romper a placa aterosclerótica e, consequentemente, desobstruir o vaso. O emprego do Rotablator nessas situações de extrema calcificação do ateroma possibilita a desobstrução da coronária, pois a ogiva de diamantes é capaz de remover e pulverizar esse cálcio, tornando a placa mais “mole” e, consequentemente, permitindo a adequada dilatação da obstrução com o cateter-balão.

Dessa forma, é possível posteriormente implantar um stent (pequena prótese metálica) e expandi-lo de maneira adequada. Cabe lembrar que a expansão inadequada ou incompleta do stent pode desencadear quadros de trombose aguda com obstrução completa da artéria coronária (provocando um infarto do miocárdio) ou aumentar o risco de retorno da obstrução após alguns meses (reestenose).

Em resumo, o Rotablator é um dispositivo para tratamento que permite a abordagem de obstruções muito calcificadas e que seriam impossíveis de serem tratadas por cateter sem risco de graves complicações. Nesses casos, o emprego do Rotablator antes do implante do stent permite a adequada dilatação da obstrução e o implante ótimo da prótese.



A ablação da artéria septal com cateter e uso de uma nova substância serve para tratar a miocardiopatia hipertrófica forma obstrutiva. Essa é a principal causa da morte súbita de adultos jovens e de atletas

 

Um procedimento cardíaco inovador foi realizado pela primeira vez no Rio Grande do Sul na sexta-feira, 4 de novembro, no Hospital Divina (HD). Um paciente de 40 anos, procedente de Canoas, foi submetido a uma ablação da artéria septal. Esta técnica não invasiva é utilizada para tratar a miocardiopatia hipertrófica forma obstrutiva.

Procedimento cardíaco inédito no RS realizado no Hospital Divina Providência

O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes, Cardiologista Intervencionista do Hospital Divina Providencia, explica que essa é uma doença de fundo genético. ”Ocorre quando o septo interventricular, a porção da musculatura que divide os ventrículos esquerdo e direito, fica anormalmente e desproporcionalmente hipertrofiada, ou seja, mais espessa do que o restante das paredes do ventrículo esquerdo.”

Conforme o cardiologista, isso provoca uma obstrução dinâmica à ejeção do sangue do coração, causando os sintomas de tontura, eventualmente dor no peito, falta de ar e, em casos mais graves, pode causar morte repentina. “A miocardiopatia hipertrófica forma obstrutiva é a principal causa de morte súbita em adultos jovens e em atletas”, acrescenta.

 

Tratamento convencional

O Dr. Gilberto relata que no tratamento clássico dessa doença, o cirurgião cortava um pedaço desse músculo hipertrofiado, mais grosso, aliviando a obstrução. Há vários anos, existe a alternativa do tratamento menos invasivo por cateter. Através do cateterismo, é identificada a artéria septal que irriga a porção mais espessada, mais volumosa desse músculo cardíaco na parede septal.

O tratamento mais convencional era a injeção de álcool absoluto, a 100%, para provocar um “infarto controlado” naquela região e, consequentemente, fazer o músculo reduzir de espessura, já que essa é a evolução natural após um infarto.
“O álcool absoluto é muito irritativo e esse procedimento estava associado a algumas complicações como o surgimento de arritmias ventriculares graves durante o exame e de bloqueios cardíacos após a realização da ablação da artéria septal”, revela o cardiologista.

Segundo ele, em alguns casos, era necessário o implante de um marcapasso cardíaco. “Dependendo da quantidade de álcool que se injeta, existe o risco de provocar uma perfuração do músculo cardíaco, causando uma complicação chamada de comunicação interventricular, ou seja, um “furo” entre os dois ventrículos.”

 

Inovação e vantagens

O procedimento realizado no HD, que ainda está em fase de acúmulo de experiência no Brasil, trata a doença por cateter, mas sem injetar álcool absoluto. O cardiologista diz que é utilizada uma substância chamada Ônix que são micropartículas, usadas para embolização na área da Neurologia e de malformações arteriovenosas na circulação periférica.

As vantagens observadas com esse novo tipo de tratamento é a drástica redução de complicações, raras ocorrências de arritmias e de bloqueios, evitando a necessidade de implante de marcapasso.

O Dr. Sidney Munhoz, de Cuiabá (MT), que atualmente tem a maior experiência nacional com essa técnica alternativa, foi convidado a participar do procedimento junto com a equipe, formada pelos médicos Gilberto Lahorgue Nunes e Diane Cláudia Roso (Cardiologistas Intervencionistas) e Júlia Schmidt Silva Busato (anestesista).

O procedimento foi bastante complexo pois, ao contrário do que ocorre na maioria dos casos, mais de um ramo coronariano irrigava a porção mais hipertrofiada do septo interventricular. Desta forma, foi necessária a embolização de 4 ramos diferentes. O gradiente (diferença de pressão) registrado dentro da cavidade do ventrículo esquerdo foi reduzido de 53 mmHg para 15 mmHg. O critério de sucesso para este tipo de procedimento exige que o gradiente final pós-tratamento seja inferior a 30 mmHg.

Num caso como este, se a técnica convencional com injeção de álcool absoluto fosse utilizada, o risco de complicações sérias seria muito alto pelo grande volume de álcool a ser injetado. Muito provavelmente, com esta técnica seria necessário repetir o procedimento mais de uma vez para poder completar o tratamento com segurança.

Ao contrário, utilizando a nova técnica com o uso da substancia Onix, foi possível embolizar todos os ramos envolvidos sem o surgimento de arritmias, bloqueios cardíacos ou outras complicações. O paciente evoluiu muito bem após o procedimento, tendo recebido alta 48 horas após o procedimento.

Para saber mais, confira a entrevista do Dr. Gilberto ao programa Rio Grande no Ar, na TV Record (primeiro vídeo), e no Tudo por Você, da RDCTV Digital.

Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 111122 foto dr na record

Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 111122 foto dr no programa



Prevenção salva. E, para prevenir, é preciso conhecer o que causa a doença. O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes esclarece o que causa a insuficiência cardíaca.

O coração funciona como uma bomba, que impulsiona o sangue pelas artérias do nosso corpo. Uma medida de desempenho dessa função de bomba do coração é a chamada fração de ejeção. Quando o coração funciona normalmente, essa medida situa-se acima de 50%.

Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre Estenose scaled

Quando existe algum dano no músculo cardíaco, esse “enfraquecimento” leva a um quadro de insuficiência cardíaca, caracterizada por falta de ar ou cansaço ao fazer esforços.

As principais causas que levam o músculo cardíaco a essa condição, comprometendo o seu funcionamento como bomba, são as obstruções das coronárias, as doenças das válvulas cardíacas (estenose ou insuficiência) e os quadros de infecção ou inflamação do músculo cardíaco (miocardite).

É fundamental identificar a causa da disfunção do músculo cardíaco. Em muitos casos, ao resolver o problema de base é possível reverter a disfunção do músculo cardíaco e normalizar a fração de ejeção. Com essas medidas, é possível melhorar ou eliminar os sintomas e, também, aumentar o tempo de vida dos pacientes.



Uma pergunta frequente entre os pacientes da clínica do médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes, em Porto Alegre, é sobre como são os tratamentos, entre eles o tratamento do infarto agudo do miocárdio.

Como é o tratamento de IAM?
Como é o tratamento de IAM?

O infarto agudo do miocárdio (IAM), caracterizado por uma dor forte no peito que surge em repouso, é causado pela oclusão total e súbita de uma artéria coronária. As artérias coronárias são os vasos que irrigam o músculo cardíaco. O fechamento dessa artéria de forma aguda provoca a falta de oxigenação do músculo cardíaco, o que se manifesta como um infarto ou morte súbita.

O tratamento de escolha para o infarto agudo do miocárdio é o implante de um pequeno tubo metálico (stent) na coronária afetada. O procedimento pode ser realizado tanto por punção de uma artéria na virilha quanto no pulso, que é o chamado acesso radial. Atualmente, o emprego do acesso radial é o mais indicado, pois está associado a menores complicações locais (como os hematomas e outras complicações relacionadas à punção da artéria).

Já está amplamente demonstrado que o tratamento por cateter do IAM com o implante de stent reduz de maneira expressiva o risco de morte relacionado a essa doença e, também, os riscos de ocorrência de outras complicações como o reinfarto e a insuficiência cardíaca.

Muito embora o IAM possa ocorrer de maneira súbita, em um grande número de casos ele é precedido por algum tipo de sintoma que, por vezes, não é valorizado pelo paciente. Desconforto abdominal (que pode ser confundido com indisposição gástrica), dores nos braços, nas costas ou na mandíbula, suor excessivo, cansaço inexplicável ou sensação de folego curto são alguns destes sintomas que prenunciam a ocorrência de um infarto.

Ao perceber os sintomas do infarto, o paciente deve entrar em contato imediatamente com um serviço de atendimento domiciliar de emergência (como o SAMU) ou ser levado imediatamente ao hospital, a fim de que o tratamento dessa grave doença possa ser imediatamente instituído. Parafraseando um dito popular, no IAM “tempo é músculo”, ou seja, quanto mais rapidamente o paciente for atendido e a coronária desobstruída, menor será o risco de morte e de outras complicações.



A clínica do médico cardiologista Dr. Gilberto Nunes, em Porto Alegre, passa a realizar dois novos tratamentos: reparo percutâneo da válvula mitral – Mitra Clip e o fechamento do apêndice atrial esquerdo.

A válvula mitral é uma válvula localizada dentro do coração e que conecta o átrio esquerdo (cavidade que recebe o sangue oxigenado vindo do pulmão) ao ventrículo esquerdo (que bombeia o sangue para todo o corpo inteiro através da artéria aorta). Essa válvula pode ficar insuficiente (ou seja, apresentar uma vedação incompleta durante a contração do coração, permitindo o vazamento de sangue de volta para o pulmão) devido a uma degeneração dos seus folhetos ou em situações nas quais as cavidades do coração estão dilatadas, afastando um folheto do outro. O retorno do sangue para a circulação pulmonar pode desencadear quadros de insuficiência cardíaca (caracterizados pelo surgimento de falta de ar) ou até mesmo provocar um edema agudo de pulmão. Até recentemente, o único tratamento disponível para a insuficiência da válvula mitral era a cirurgia de peito aberto. Hoje em dia, é possível realizar o reparo dessa válvula por meio do implante por cateter de clips que aproximam os folhetos e reduzem o vazamento pela válvula.

tratamento clip mitral 2 cardiologista porto alegre dr gilberto nunes tratamento clip mitral 1 - cardiologista porto alegre dr gilberto nunes

Já o fechamento ou oclusão do apêndice atrial esquerdo (cavidade cardíaca conectada ao átrio esquerdo) está indicado em pacientes que apresentam uma arritmia cardíaca chamada de fibrilação atrial que provoca a formação de coágulos no interior do apêndice. Esses coágulos podem se desprender e ocluir uma artéria do cérebro, causando um acidente vascular cerebral (AVC). Com o implante de próteses especialmente desenhadas para este fim, é possível ocluir o apêndice atrial esquerdo pela punção de uma veia localizada na virilha e evitar a risco de AVC, assim como a necessidade do uso de medicações anticoagulantes a longo prazo (reduzindo o risco de hemorragias).

tratamento clip mitral 3 cardiologista porto alegre dr gilberto nunes Doença Cardiovascular Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre tratamento clip mitral 4 cardiologista porto alegre dr gilberto nunes

 

Ambos os tratamentos acima descritos são realizados por cateter, de maneira menos invasiva do que a cirurgia convencional (na qual é necessário realizar a abertura do tórax para acessar o coração). O Dr. Gilberto Lahorgue Nunes é um dos cardiologistas mais experientes no campo dos procedimentos por cateter, com ampla experiência no tratamento menos invasivo de uma série de doenças do coração.

Para saber mais sobre os novos tratamentos consulte as páginas específicas sobre cada um aqui:
Reparo percutâneo da válvula mitral – Mitra Clip
Fechamento do apêndice atrial esquerdo



O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes responde mais uma pergunta recebida pelas redes sociais da clínica.

Pacientes nos quais o implante por cateter da válvula aórtica (TAVI) é realizada com sedação permanecem acordados durante todo o procedimento. Pacientes que requerem, por alguma razão, anestesia geral acordam e são extubados ainda na sala de procedimento.

Subsequentemente, são encaminhados para a unidade de tratamento intensivo (UTI) ou para uma unidade especial com monitorização cardíaca, e lá permanecem geralmente por um período de 24 horas, visando a detecção precoce do surgimento de um bloqueio do sistema elétrico de condução do coração (que é cada vez mais raro de acontecer).

Normalmente, recebem alta para o quarto ou mesmo para casa no dia seguinte ao procedimento. De modo geral, o tempo médio de internação pós-TAVI é de 3 dias (contra 8 dias no caso da cirurgia convencional). Após a alta hospitalar, o paciente é gradualmente liberado para retomar as atividades habituais. Após 7 a 15 dias, o retorno às atividades corriqueiras é total na maioria dos casos.

 


Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre

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