Nossa experiência com a nova técnica de tratamento por cateter da miocardiopatia hipertrófica obstrutiva (MCHO) segue avançando. Após realizarmos o primeiro caso de embolização com o agente Onyx no Rio Grande do Sul, em novembro de 2022, continuamos aplicando essa abordagem inovadora com ótimos resultados.
A MCHO é uma condição caracterizada por um espessamento anormal do septo interventricular, que leva à obstrução dinâmica da via de saída do ventrículo esquerdo. Isso pode provocar sintomas importantes como falta de ar, dor no peito (angina) e desmaios (síncope).
Nesse final de semana, tratamos um caso particularmente desafiador: uma paciente de 80 anos, portadora de MCHO associada à estenose da válvula aórtica — duas condições que, juntas, geravam uma significativa limitação ao fluxo sanguíneo do coração.
Para reduzir o risco de complicações durante o futuro implante transcateter da válvula aórtica (TAVI), optamos por tratar inicialmente a MCHO por cateter, utilizando a técnica desenvolvida pelo Dr. Sydney Munhoz, de Cuiabá. Nessa abordagem, ramos septais são ocluídos com o agente embolizante Onyx®, originalmente usado no tratamento de aneurismas cerebrais. Diferentemente da técnica convencional com álcool absoluto, essa nova metodologia permite maior precisão, menor índice de complicações e a possibilidade de tratar múltiplos vasos em um único procedimento.
Nesse caso, realizamos a embolização de dois ramos septais, com excelente resposta: a obstrução dinâmica foi significativamente reduzida, com queda do gradiente sistólico intraventricular de 118 mmHg para 18 mmHg. A paciente apresentou boa evolução clínica, sem qualquer complicação.
O próximo passo será a realização do TAVI, programado para ocorrer dentro de 30 dias.
Casos como esse demonstram como a combinação entre conhecimento, técnica e inovação pode ampliar as possibilidades terapêuticas, mesmo em situações de alta complexidade.

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Notícias Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 05032025 GZH Artigo Obesidade doenca ou fator de risco montagem

Embora classificada como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), existe um grande debate sobre se é adequado considerar a obesidade isoladamente como uma patologia. A obesidade é um reconhecido fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, porém nem todos os obesos possuem níveis elevados de pressão arterial, glicose ou do colesterol.

Será que é correto definir estes pacientes como doentes? Muito provavelmente não, mas a controvérsia continua. Outro problema relevante são as limitações do índice de massa corporal (IMC) como definidor do diagnóstico de obesidade, por poder tanto superestimar quanto subestimar o excesso de adiposidade.

Devido às fragilidades do IMC, foi recentemente proposta pela Comissão de Diabetes e Endocrinologia da revista científica Lancet uma nova definição de obesidade, que requer a avaliação por pelo menos dois métodos antropométricos (IMC e circunferência abdominal, por exemplo), além de evidências clínicas de limitação funcional (dificuldade de locomoção, por exemplo) ou de dano a um órgão (linfedema, apneia do sono etc.).

Colocando em termos simples: essa nova classificação permite separar a obesidade fator de risco da obesidade doença (dano orgânico estabelecido). Além de melhorar a acurácia do diagnóstico, essa nova classificação evita a estigmatização de pessoas saudáveis, mas com excesso de adiposidade. Embora inovador, esse conceito não deve ser estendido a outros fatores de risco clássicos para as doenças cardiovasculares.

Níveis sustentadamente elevados da pressão arterial (acima de 120/80 mmHg) e da glicose (acima de 126 mg/dl) produzem efeitos deletérios sobre o nosso organismo (mesmo na ausência de sintomas) e requerem tratamento precoce visando evitar complicações (infarto, AVC) ou dano orgânico irreversível. Nesses casos, o diagnóstico de hipertensão arterial e diabetes fica estabelecido e o tratamento precoce deve ser instituído, mesmo na ausência de sintomas.



No último domingo, 29 de outubro, em seu quadro no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV), o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes abordou recente estudo mundial que apontou os cinco fatores de riscos evitáveis de problemas cardiovasculares e morte por qualquer causa.

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As mortes globais e a incidência das doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), são explicáveis, na sua maioria, por cinco fatores de risco amplamente conhecidos e modificáveis. Essa é a conclusão apontada pelo estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, que foi recentemente publicado na renomada revista médica The New England Journal of Medicine”.

Esses cinco fatores de risco são o índice de massa corporal (calculado dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura em centímetros), a pressão arterial, os níveis de colesterol, a presença ou não de diabetes e o fumo). Juntos, eles são responsáveis por 57% dos AVCs e infartos nas mulheres e por 52% desses eventos cardiovasculares nos homens. Além disso, esses cinco fatores são responsáveis por 27% das mortes por todas as causas ao final de 10 anos nas mulheres e por 22% delas nos homens. As conclusões desse estudo foram baseadas em uma análise de 112 estudos epidemiológicos realizados em 32 países de oito regiões geográficas e que envolveram mais de 1,5 milhão de pessoas.

Os achados desse estudo demonstram a importância não só da identificação desses fatores de risco mas, também, do seu controle. O fato de que todos os cinco fatores de risco são evitáveis reforça a necessidade de campanhas de educação e esclarecimento da população sobre o impacto deles na prevenção dos eventos cardiovasculares a longo prazo.

Desafio

É fundamental que as pessoas compreendam a importância desses fatores de risco: índice de massa corporal, pressão arterial, níveis de colesterol, presença ou não de diabetes, e fumo. “Mesmo com a realização de várias campanhas mostrando que esses fatores estão associados não só às doenças cardiovasculares, mas também a diferentes tipos de canceres, ainda não conseguimos controlá-los de maneira adequada”, ressalta o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes.

O estudo apontou também que, quando se faz a divisão por região geográfica, a América Latina é o local do planeta onde a taxa de fumo e o índice de massa corporal (que mede o grau de gordura de uma pessoa) são maiores em comparação a qualquer outra região do mundo. “Isso mostra o tamanho do desafio que temos e o quanto poderíamos impactar positivamente a mortalidade e a ocorrência de doenças cardiovasculares se conseguíssemos conscientizar as pessoas e tratar esses fatores de risco evitáveis”, reforça.

Notícia boa

Enquanto esse estudo emite um sinal de alerta do quanto é necessário trabalhar mais e tentar ser mais inovador na conscientização das pessoas, um dado positivo foi apresentado no último Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em Porto Alegre, no mês de setembro.

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostrou que nos últimos 30 anos houve uma redução de 53% das mortes relacionadas à doença cardiovascular e de 22% na ocorrência de infartos e acidentes vasculares cerebrais (entre outras doenças cardiovasculares) no Rio Grande do Sul. “Os dados desses dois estudos demonstram que, se por um lado precisamos evoluir na prevenção da ocorrência das doenças cardiovasculares, por outro, dispomos atualmente de tratamentos (novos medicamentos e técnicas de intervenção por cateter) muito eficazes em reduzir o risco de morrer em decorrência de um infarto ou um AVC”.

Nos próximos programas, o Dr. Gilberto vai individualizar cada um desses fatores de risco, explicando o que são, qual o impacto que eles têm na saúde e o que se pode fazer para controlá-los.

 



As oclusões totais crônicas das artérias coronárias representam as lesões mais desafiadoras para o tratamento por angioplastia. A tecnologia vem sendo uma forte aliada no desenvolvimento de instrumentos que aumentam a taxa de sucesso de maneira expressiva, com baixo risco de complicações.

Esta semana, o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou de um treinamento especial em novas técnicas de tratamento por cateter em simuladores. Este treinamento foi oferecido pela Boston Scientific do Brasil e incluiu novos dispositivos e cateteres para tratamento das oclusões totais crônicas das artérias coronárias, oclusão do apêndice atrial esquerdo e colocação de filtro de proteção cerebral.

O apêndice atrial esquerdo é o local mais frequente de formação de coágulos dentro do coração em pacientes portadores da arritmia cardíaca, chamada de fibrilação atrial. A oclusão do apêndice por cateter é tão eficaz quantos os medicamentos anticoagulantes (que impedem o sangue de coagular), além de não estar associado ao risco de sangramentos graves que podem ocorrer durante o uso a longo prazo destas medicações. Já os dispositivos (filtros) de proteção cerebral capturam fragmentos que são liberados na corrente sanguínea durante o implante de válvulas cardíacas por cateter, evitando a embolização dessas partículas para o cérebro e, consequentemente, a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC).

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Notícias Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 040823 solca sbhci“O Congresso conjunto das Sociedades Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) e Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI) reuniu aproximadamente 3.500 participantes no Rio de Janeiro entre os dias 2 a 4 de agosto de 2023.

Foi oportunidade única de troca de experiências e atualização científica, com participação de colegas de todo o Brasil e América Latina, além de convidados da Europa e dos Estados Unidos.

Foram abordados os temas mais importantes na área de tratamento por cateter das doenças cardíacas (tratamento das obstruções coronárias, correção de problemas congênitos e das válvulas cardíacas) em palestras, mesas redondas e discussões de casos clínicos.

Outro aspecto importante foi a ampla disponibilidade de simuladores, que possibilitavam o treinamento nas diferentes técnicas de tratamento, reproduzindo as doenças e as dificuldades que são encontradas na rotina diária dos laboratórios de hemodinâmica.”

O Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou como um dos painelistas na seção científica Adequação da Revascularização Coronária em 2023 e como moderador na seção de casos clínicos que abordou as Síndromes Coronárias Agudas 2.

 



Desde o final de abril, a clínica de cardiologia Dr. Gilberto Lahorgue Nunes iniciou uma parceria com o programa da jornalista Regina Lima. O médico cardiologista de porto Alegre mantém um quadro especial dentro do programa, para falar sobre a saúde do coração.

Exibido aos domingos, às 18h, no canal Bah TV (20 ou 520 da Net/Claro e no YouTube e Facebook), o quadro do Dr. Gilberto está abordando as principais dúvidas relacionadas às doenças cardiovasculares, além de esclarecer sobre os tratamentos por meio de cateterismo.

Os vídeos completos das conversas do Dr. Gilberto com a jornalista Regina Lima podem ser conferidos no canal do YouTube da clínica – www.youtube.com/@clinicagilbertonunes507

Notícias Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre programa da regina
Quadro de estreia do Dr. Gilberto Lahorgue Nunes no Programa da Regina.

 



Abrindo o mês de junho, o evento Bifurcation Summit 2023 contou com a participação do Dr. Gilberto Lahorgue Nunes como um dos painelistas. Na sua sétima edição, o evento registra grande peso científico, trazendo as últimas atualizações na área da cardiologia intervencionista.

O Dr. Gilberto participou da Sessão V, que abordou os desafios desafios atuais e as perspectivas, comentando os tratamentos por intervenções coronarianas percutâneas (ICP) apresentados por especialistas convidados.

“É com grande prazer que participo do Bifurcation Summit 2023. Além da oportunidade de rever colegas, é momento para discutir a abordagem de lesões coronárias complexas. Enorme privilégio poder participar de uma mesa de discussão de casos com o Dr. Antônio Colombo, de Milão, um ícone da Cardiologia Intervencionista. (Na foto, é terceiro da direita para esquerda, ao lado do Dr. Gilberto)

Notícias Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre simposio 1

O Bifurcation Summit 2023 é realizado pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Faz parte do programa de educação continuada da SBHCI e aconteceu nos dias 1 e 2 de junho em São Paulo.



Nos dias 4 e 5 de maio, o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou do Congresso da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul – Socergs 2023, realizado em Gramado, RS, entre 4 e 6 de maio.

Notícias Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre IMG 20230505 WA0020O tema de destaque de sua participação foi a abordagem sobre a tomografia de coerência óptica (OCT), quando é recomendada e como é realizada. O assunto foi apresentado durante o Simpósio do Departamento de Hemodinâmica da Socergs, no dia 5. Recentemente, o cardiologista intervencionista, que tem sua clínica em Porto Alegre, conduziu o primeiro caso de angioplastia com implante de stent utilizando o OCT com o novo software Ultreon, no Hospital Mãe de Deus.

Outra participação do Dr. Gilberto no Socergs 2023 foi na atividade Mesa Redonda 5, que tratou sobre a Intervenção da Doença Estrutural, na qual ele abordou a Prevenção do AVC e o estado atual dos tratamentos percutâneos (Forame Oval Patente – FOP e Oclusão do Apêndice).

 



O hábito de fumar está relacionado a uma série de doenças, desde os cânceres até as doenças pulmonares (bronquite e enfisema). Do ponto de vista das doenças cardiovasculares, o impacto do fumo é extremante nocivo, sendo um importante fator de risco para a ocorrência de infarto do coração, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças da aorta e das artérias periféricas.

Além de um impacto direto na origem dessas doenças, o fumo potencializa os efeitos danosos dos demais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como hipertensão, o diabete e os níveis elevados do colesterol ruim (o LDL colesterol). Quando a pessoa fuma e tem um desses problemas, a possibilidade de desenvolver complicações cardiovasculares sérias aumenta em quatro vezes.

Impacto do fumo doenças cardiovasculares
Outro dado importante é que existe uma correlação entre o número de cigarros que se fuma por dia e o aumento do risco cardiovascular, ou seja, quanto maior o número de cigarros consumidos por dia, maior o risco de infarto e AVC. Adicionalmente, o hábito do fumo afeta não apenas o fumante, mas também as pessoas que convivem ao seu redor. O chamado “fumante passivo” tem o seu risco cardiovascular elevado em comparação às pessoas que não são expostas de maneira rotineira à fumaça do cigarro

A cessação do fumo reveste-se de grande importância, pois o tabagismo é um dos poucos fatores de risco para a saúde que pode ser completamente eliminado. E o efeito positivo dessa atitude é praticamente imediato. O risco cardiovascular é reduzido de maneira expressiva e progressiva a cada ano que passa após a interrupção do hábito de fumar, de maneira que, após 10 anos, o risco de sofrer um infarto ou AVC é semelhante entre o ex-fumante e aquele indivíduo que nunca fumou.

Além do cigarro causar dependência psicológica, os seus componentes provocam uma dependência química semelhante a desencadeada pelas drogas. Consequentemente, para conseguir ser bem-sucedido na tarefa de parar de fumar, o paciente necessita de uma ampla rede de apoio, que inclui a família, os amigos, os profissionais da saúde e em muitos casos, a prescrição de medicações.

Saudado inicialmente como uma ferramenta para auxiliar na cessação do tabagismo, os cigarros eletrônicos representam atualmente um grave problema de saúde pública. A sua extensa e rápida penetração em várias parcelas da população (especialmente nos jovens e adolescentes) deixaram absolutamente clara a sua associação com doenças pulmonares graves, a tal ponto que a sua comercialização foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2009.

É tarefa de toda a sociedade (e não apenas dos órgãos governamentais e profissionais da saúde) manter o engajamento antitabagismo que existe há vários anos e combater com igual vigor a sua variante mais recente, o tabagismo eletrônico.



O cardiologista Dr.Gilberto Lahorgue Nunes recebeu o Certificado de Habilitação na técnica de Implante por Cateter de Válvula Aórtica (TAVI), conferido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).Notícias Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre card tavi

Essa certificação é conferida aos cardiologistas que, reconhecidamente, possuem o conhecimento teórico e a experiência prática na realização do tratamento por cateter da estenose da válvula aórtica. Representa um selo de qualidade chancelado por duas importantes sociedades médicas que congregam, respectivamente, cirurgiões cardíacos e cardiologistas que realizam procedimentos por cateter.

Sobre o TAVI – Sigla em inglês para Transcatheter Aortic Valve Implantation (Implante Transcateter de Válvula Aórtica). Nesse procedimento, uma válvula artificial feita de material biológico é implantada, de maneira minimamente invasiva para substituir a válvula aórtica quando ela está estreitada (estenose).


Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre