Hipertensão: uma doença silenciosa


 

Ao contrário do que se acredita leigamente, a hipertensão é uma doença que, na maioria dos casos se instala sem causar absolutamente nenhum sintoma ao paciente. Existe um mito popular de que o aumento da pressão causa dor de cabeça. Estudos têm demonstrado que essa crença não tem nenhum fundamento. É mais provável que a pressão aumente pelo desconforto causado por uma crise de cefaleia muito intensa do que o contrário, ou seja, a dor de cabeça é que pode desencadear um aumento transitório da pressão arterial.

A hipertensão arterial é definida como uma medida da pressão máxima (ou sistólica) maior ou igual a 140 milímetros de mercúrio e da pressão mínima (ou diastólica) maior ou igual a 90 milímetros de mercúrio. A única situação clínica na qual a pressão arterial elevada pode causar dor de cabeça é quando acontece a chamada crise hipertensiva. Nesse caso, o aumento muito agudo e importante da pressão arterial leva a um comprometimento cerebral (devido ao edema cerebral) o que pode provocar dor de cabeça, alterações visuais e mesmo alterações sensoriais ou da consciência.

Essa é uma situação felizmente rara devido ao fato de que hoje em dia o diagnóstico da hipertensão geralmente tem sido feito mais precocemente, devido às campanhas de esclarecimento e educação da população. “À medida que envelhecemos, a probabilidade de nos tornarmos hipertensos aumenta. Por isso, a importância da consulta médica de rotina, que é quando a maioria dos pacientes é diagnosticada com essa doença”, recomenda o cardiologista Gilberto Lahorgue Nunes. A hipertensão é uma doença potencialmente grave. Se não tratada, pode levar a uma série de complicações tanto cardíacas quanto renais ou cerebrais.

A partir dos 35, 40 anos, é recomendada a realização de avaliações médicas periódicas, especialmente naquelas pessoas com histórico familiar de hipertensão ou doenças cardíacas. Casos de emergência, como as crises hipertensivas, devem ser tratadas nas emergências dos hospitais, pois representam situações de alto risco para o desenvolvimento de complicações agudas. Nesses casos, frequentemente é necessária a utilização de medicações por via endovenosa visando obter um controle mais adequado dos níveis de pressão.

Um lembrete também importante: cuide bem da sua pressão, não abuse do sal, exercite-se com regularidade e mantenha uma dieta balanceada e saudável.


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Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre

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