A clínica do médico cardiologista Dr. Gilberto Nunes, em Porto Alegre, passa a contar com dois novos dispositivos para tratamento das estenoses coronarianas calcificadas: o Rotablator e Shockwave.

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre rotablator
Rotablator

 

 

cardiologista porto alegre shockwave
Shockwave

 

 

 

 

 

 

 

 

São utilizados em casos de lesões severamente calcificadas, nas quais existe o risco de não se conseguir expandir adequadamente as hastes do stent, aumentando a chance tanto de complicações mais precoces (trombose do stent) quanto tardias (reestenose – desobstrução da artéria coronária).

O Rotablator é um dispositivo composto de uma broca revestida por micro diamantes, capaz de remover o cálcio da placa de gordura, fragmentando-o em micropartículas que são lavadas pela circulação.

Em coronárias muito calibrosas ou quando o cálcio se localiza nas camadas mais profundas da parede do vaso, o Rotablator pode não conseguir remover a quantidade necessária do cálcio. Para superar essa dificuldade, foi desenvolvido outro dispositivo: o balão Shockwave. Conectado a uma fonte elétrica, emite ondas de pulso que fraturam o cálcio, a exemplo do que acontece na litotripsia de cálculos renais.

Com a disponibilidade desses dois dispositivos, é possível tratar mesmo as lesões mais calcificadas com segurança e alta taxa de sucesso.

Para saber mais, consulte nossa página específica sobre tratamentos com essa nova tecnologia.

Confira também, em nosso canal do YouTube, o quadro do Dr. Gilberto no Programa da Regina, no qual ele fala sobre o uso desses novos dispositivos.



Desde o final de abril, a clínica de cardiologia Dr. Gilberto Lahorgue Nunes iniciou uma parceria com o programa da jornalista Regina Lima. O médico cardiologista de porto Alegre mantém um quadro especial dentro do programa, para falar sobre a saúde do coração.

Exibido aos domingos, às 18h, no canal Bah TV (20 ou 520 da Net/Claro e no YouTube e Facebook), o quadro do Dr. Gilberto está abordando as principais dúvidas relacionadas às doenças cardiovasculares, além de esclarecer sobre os tratamentos por meio de cateterismo.

Os vídeos completos das conversas do Dr. Gilberto com a jornalista Regina Lima podem ser conferidos no canal do YouTube da clínica – www.youtube.com/@clinicagilbertonunes507

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre programa da regina
Quadro de estreia do Dr. Gilberto Lahorgue Nunes no Programa da Regina.

 



Abrindo o mês de junho, o evento Bifurcation Summit 2023 contou com a participação do Dr. Gilberto Lahorgue Nunes como um dos painelistas. Na sua sétima edição, o evento registra grande peso científico, trazendo as últimas atualizações na área da cardiologia intervencionista.

O Dr. Gilberto participou da Sessão V, que abordou os desafios desafios atuais e as perspectivas, comentando os tratamentos por intervenções coronarianas percutâneas (ICP) apresentados por especialistas convidados.

“É com grande prazer que participo do Bifurcation Summit 2023. Além da oportunidade de rever colegas, é momento para discutir a abordagem de lesões coronárias complexas. Enorme privilégio poder participar de uma mesa de discussão de casos com o Dr. Antônio Colombo, de Milão, um ícone da Cardiologia Intervencionista. (Na foto, é terceiro da direita para esquerda, ao lado do Dr. Gilberto)

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre simposio 1

O Bifurcation Summit 2023 é realizado pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Faz parte do programa de educação continuada da SBHCI e aconteceu nos dias 1 e 2 de junho em São Paulo.



Dr. Gilberto Lahorgue Nunes conduz primeiro caso no RS utilizando software baseado em IA num procedimento de implante de stent coronário
Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre dr gilberto lahogue nunes conduzindo OCT com Ultreon

Em abril, no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, RS, foi realizado o primeiro caso de angioplastia com implante de stent coronário utilizando a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) com o novo software Ultreon™ no Sul do país. Esse foi o segundo caso realizado no Brasil (o primeiro foi em São Paulo no InCor) e foi conduzido pelo Dr. Gilberto Lahorgue Nunes e pela Dra. Diane Cláudia Roso, ambos Cardiologistas Intervencionistas. “O procedimento foi realizado para tratamento de uma estenose coronariana envolvendo uma bifurcação e ocorreu sem intercorrências. Todos os avanços proporcionados por essa nova tecnologia foram observados pela equipe”, observa Dr. Gilberto.

A Inteligencia Artifical a serviço da Cardiologia

O software Ultreon™ utiliza Inteligência Artificial (IA) para auxiliar os médicos na detecção de cálcio e na mensuração dos diâmetros das artérias, permitindo o implante de stents exatamente onde são necessários. A OCT é um exame de alta definição, no qual um pequeno cateter é introduzido dentro das artérias coronárias gerando imagens em tempo real que determinam com melhor qualidade a gravidade e a composição das placas que ocasionam os bloqueios desses vasos, provocando quadros de angina ou mesmo infarto do miocárdio.

Esse novo sistema de imagem, o Ultreon™ 1.0, foi desenvolvido pela empresa Abbott e combina a OCT com o poder da automação, usando a IA, o que permite aos médicos obter informações mais precisas e que auxiliam nas tomadas de decisão para desobstrução das artérias em procedimentos minimamente invasivos.

Esse novo sistema também permite a integração das imagens captadas com a OCT com as obtidas pela angiografia convencional com contraste, aumentando a precisão com que os stents são implantados e tornando o procedimento mais rápido e simples.

Dentre as possibilidades fornecidas por esse software de Inteligência Artificial, destacam-se a detecção automática da presença de cálcio nas placas ateroscleróticas, fornecendo o seu grau de angulação, comprimento e espessura e indicando, dessa forma, se existe a necessidade de remoção desse cálcio antes do implante do stent. Além disso, a IA identifica de maneira automática áreas do stent que não estejam completamente expandidas, permitindo a sua imediata correção. As informações detalhadas, fornecidas por essa nova tecnologia, proporcionam uma maior segurança e eficácia no tratamento por cateter das obstruções das artérias coronárias.

Adicionalmente, além desse sistema avançado de imagem intravascular, o Ultreon™ agrega a possibilidade de avaliação fisiológica minimamente invasiva das estenoses coronárias utilizando o FFR (avaliação fisiológica sob stress com adenosina) e RFR (avaliação fisiológica em repouso).



Nos dias 4 e 5 de maio, o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou do Congresso da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul – Socergs 2023, realizado em Gramado, RS, entre 4 e 6 de maio.

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre IMG 20230505 WA0020O tema de destaque de sua participação foi a abordagem sobre a tomografia de coerência óptica (OCT), quando é recomendada e como é realizada. O assunto foi apresentado durante o Simpósio do Departamento de Hemodinâmica da Socergs, no dia 5. Recentemente, o cardiologista intervencionista, que tem sua clínica em Porto Alegre, conduziu o primeiro caso de angioplastia com implante de stent utilizando o OCT com o novo software Ultreon, no Hospital Mãe de Deus.

Outra participação do Dr. Gilberto no Socergs 2023 foi na atividade Mesa Redonda 5, que tratou sobre a Intervenção da Doença Estrutural, na qual ele abordou a Prevenção do AVC e o estado atual dos tratamentos percutâneos (Forame Oval Patente – FOP e Oclusão do Apêndice).

 



Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre dr gilberto no treinamento OCT em sao pauloO médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou nesta semana no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, da segunda fase de treinamento do novo software para realização da Tomografia de Coerência Ótica (OCT), exame de imagem intravascular utilizado para a visualização da parede das artérias coronárias.

A OCT é um exame de alta definição utilizado para melhor caracterizar a gravidade e a composição das placas de gordura que ocasionam bloqueios nas artérias coronárias, provocando quadros de angina ou mesmo infarto do miocárdio.

Essa nova versão do software da OCT (batizado de Ultreon) incorpora a tecnologia de inteligência artificial e, além disso, permite a integração das imagens intravasculares obtidas pelo equipamento com as imagens angiográficas obtidas durante o cateterismo cardíaco, facilitando a determinação da extensão e da composição da placa de gordura (presença de cálcio) e aumentando a segurança e a eficácia do tratamento por cateter dessas obstruções.

A primeira etapa do treinamento foi realizada no final do ano passado no Tampa General Hospital, Tampa, Flórida, EUA. Nessa segunda etapa realizada em São Paulo, além de aulas teóricas e treinamento em simuladores, foi possível acompanhar a utilização dessa tecnologia inovadora em casos reais, realizados pelos Drs. Alexandre Abizaid e Carlos Campos no InCor.

O Dr. Gilberto fez parte de um grupo restrito de especialistas brasileiros selecionados pela empresa fabricante desse equipamento para realizar o treinamento especial, visando dominar a técnica e, na sequência, implantar a nova tecnologia nos hospitais em que atua em Porto Alegre, RS.



Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre capaAs participações do médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes no programa “Tudo por Você”, da RDCTV, visam esclarecer dúvidas da audiência sobre a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares.

Aos poucos, vamos reproduzir no site e nas nossas redes sociais esse conteúdo, muito importante para quem está preocupado em garantir a prevenção às doenças cardiovasculares.

O Dr. Gilberto participa do programa todas as terças-feiras, às 14h, na RDCTV – canais 24 e 524 da Claro TV, no YouTube, Soul TV, Max Cloud, e Globall Telecom.

Confira:

Qual a média considerada normal da frequência cardíaca adulta?

Essa é uma pergunta bem frequente. As pessoas se queixam de palpitação e não sabem exatamente o que é. De modo geral, a frequência cardíaca normal de um adulto se situa entre 60 e 100 batimentos cardíacos por minuto. Normalmente, existe alguma suspeita de arritmia cardíaca quando essa marca ultrapassa os 130/140 batimentos por minuto. Por outro lado, pode haver uma possibilidade de haver um bloqueio do sistema de condução cardíaco quando a frequência cardíaca se situa abaixo de 40 batimentos por minuto.
Eventualmente, em momentos de ansiedade ou de muito estresse emocional, a frequência cardíaca pode chegar a 110/115 batimentos por minuto. Se exceder 130, a gente precisa considerar que talvez exista uma chance da pessoa ter desenvolvido algum tipo de arritmia cardíaca, que, evidentemente, precisa ser diagnosticada para ser tratada de maneira adequada.

 

De que forma a pessoa pode fazer um acompanhamento dos seus batimentos cardíacos, caso não esteja utilizando equipamentos de monitoramento como o Holter? Os relógios inteligentes podem ajudar?

Sim, o relógio monitor cardíaco funciona, mas tem suas limitações, além de ser um produto de valor elevado. O mais simples é, se a pessoa tem a sensação de palpitação, tente palpar seu pulso e perceber alguns aspectos: qual a sua frequência cardíaca (contando o número de batimentos em um minuto); observar se o batimento está regular (ou seja, se mesmo acelerado está regular ou se eventualmente existem falhas, por exemplo, um batimento, uma falha, um batimento…). Isso vai ajudar o cardiologista a fazer o diagnóstico ou pelo menos ter uma ideia do que pode estar acontecendo com esse paciente. São medidas simples, dependem somente de a pessoa ficar parada e contar os seus batimentos, e podem facilitar o diagnóstico na hora da consulta ao cardiologista.



O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes esteve recentemente em Tampa, nos Estados Unidos, realizando um treinamento no manuseio da tomografia de coerência ótica (OCT).

A OCT é um método de imagem intravascular que permite a visualização da luz e da parede das artérias coronárias através da inserção de um pequeno cateter. Esse método possui uma alta acurácia para a definição da composição das placas de ateroma (que são depósitos de gordura que se acumulam na parede das artérias coronárias, causando a sua obstrução) e para determinar a sua extensão.

Por meio desse método de imagem, é possível escolher, de maneira adequada, o diâmetro e o comprimento do stent (pequena prótese metálica) a ser implantado e determinar se existe a necessidade de realizar algum tratamento prévio da obstrução, especialmente quando a placa de ateroma possui uma grande concentração de cálcio.

Nesses casos, é fundamental a utilização de dispositivos como o rotablator (pequena broca) ou o balão Shockwave (que emite ondas de choque) a fim de remover o excesso de cálcio ou fragmentá-lo, permitindo posteriormente a adequada expansão do stent a ser implantado.

O treinamento foi realizado no Tampa General Hospital (Fotos 1, 2 e 3) e no Center for Advanced Medical Learning and Simulation (CAMLS) da University of South Florida (Foto 4). O foco principal desse treinamento foi tanto a análise de imagens geradas pela OCT quanto, principalmente, o manuseio e a familiarização com o novo software do equipamento.

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre Foto 1
Imagem externa do Tampa General Hospital
Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre Foto 2 scaled
Imagem interna do Tampa General Hospital, no Centro Cardiovascular
Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre Foto 3
Imagem externa do Center for Advanced Medical Learning and Simulation (CAMLS)
Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre Foto 4 scaled
Imagens do interior das artérias coronárias proporcionadas pelo novo software da OCT. O início e o fim da obstrução e os diâmetros do vaso são detectadas automaticamente pelo sistema de inteligência artificial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esse software lançado recentemente nos Estados Unidos e que deve estar disponível no Brasil no início de 2023, utiliza a inteligência artificial e permite uma análise mais rápida, precisa e automatizada das principais caraterísticas das obstruções das artérias coronárias, facilitando o seu tratamento e aumentando a segurança do procedimento de implante de stent (Foto 5).

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre Foto 5
Imagem em 3-D gerada pela OCT na qual é possível “navegar” por dentro da coronária e verificar a adequada expansão das hastes do stent (imagem superior à esquerda).

A tomografia de coerência ótica (OCT) já está disponível em Porto Alegre em todos os hospitais no qual o Dr. Gilberto realiza os seus procedimentos.



Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 211122 evento rotablator 1No último sábado (19/11), o médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou do XXI Encontro do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, realizado pela Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (Socergs). Durante o evento, que reuniu cardiologistas intervencionistas de todo estado, o Dr. Gilberto abordou o tema “Rotablator: técnica e literatura”

O Rotablator é um dispositivo utilizado para o tratamento das obstruções das artérias coronárias. Consiste em um cateter conectado a uma pequena ogiva coberta com microdiamantes. Esse cateter é conectado a uma turbina de ar comprimido que, quando acionada, faz a ogiva girar a uma velocidade média de 160.000 a 170.000 rpm (rotações por minuto). À medida que o cateter do Rotablator é avançado sobre a obstrução da artéria coronária, a ogiva giratória pulveriza pedaços da placa de gordura em pequenas micropartículas (com tamanho menor do que uma célula vermelha do sangue). Essas micropartículas são, então, eliminadas pela microcirculação.

A grande utilidade do Rotablator é no tratamento por cateter de obstruções causadas por placas de gordura (ateroma) muito duras devido à presença de grande quantidade de cálcio depositado no ateroma.Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre rotablator

Quando a obstrução é muito calcificada, a dilatação com o cateter-balão (angioplastia) não é capaz de romper a placa aterosclerótica e, consequentemente, desobstruir o vaso. O emprego do Rotablator nessas situações de extrema calcificação do ateroma possibilita a desobstrução da coronária, pois a ogiva de diamantes é capaz de remover e pulverizar esse cálcio, tornando a placa mais “mole” e, consequentemente, permitindo a adequada dilatação da obstrução com o cateter-balão.

Dessa forma, é possível posteriormente implantar um stent (pequena prótese metálica) e expandi-lo de maneira adequada. Cabe lembrar que a expansão inadequada ou incompleta do stent pode desencadear quadros de trombose aguda com obstrução completa da artéria coronária (provocando um infarto do miocárdio) ou aumentar o risco de retorno da obstrução após alguns meses (reestenose).

Em resumo, o Rotablator é um dispositivo para tratamento que permite a abordagem de obstruções muito calcificadas e que seriam impossíveis de serem tratadas por cateter sem risco de graves complicações. Nesses casos, o emprego do Rotablator antes do implante do stent permite a adequada dilatação da obstrução e o implante ótimo da prótese.



A ablação da artéria septal com cateter e uso de uma nova substância serve para tratar a miocardiopatia hipertrófica forma obstrutiva. Essa é a principal causa da morte súbita de adultos jovens e de atletas

 

Um procedimento cardíaco inovador foi realizado pela primeira vez no Rio Grande do Sul na sexta-feira, 4 de novembro, no Hospital Divina (HD). Um paciente de 40 anos, procedente de Canoas, foi submetido a uma ablação da artéria septal. Esta técnica não invasiva é utilizada para tratar a miocardiopatia hipertrófica forma obstrutiva.

Procedimento cardíaco inédito no RS realizado no Hospital Divina Providência

O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes, Cardiologista Intervencionista do Hospital Divina Providencia, explica que essa é uma doença de fundo genético. ”Ocorre quando o septo interventricular, a porção da musculatura que divide os ventrículos esquerdo e direito, fica anormalmente e desproporcionalmente hipertrofiada, ou seja, mais espessa do que o restante das paredes do ventrículo esquerdo.”

Conforme o cardiologista, isso provoca uma obstrução dinâmica à ejeção do sangue do coração, causando os sintomas de tontura, eventualmente dor no peito, falta de ar e, em casos mais graves, pode causar morte repentina. “A miocardiopatia hipertrófica forma obstrutiva é a principal causa de morte súbita em adultos jovens e em atletas”, acrescenta.

 

Tratamento convencional

O Dr. Gilberto relata que no tratamento clássico dessa doença, o cirurgião cortava um pedaço desse músculo hipertrofiado, mais grosso, aliviando a obstrução. Há vários anos, existe a alternativa do tratamento menos invasivo por cateter. Através do cateterismo, é identificada a artéria septal que irriga a porção mais espessada, mais volumosa desse músculo cardíaco na parede septal.

O tratamento mais convencional era a injeção de álcool absoluto, a 100%, para provocar um “infarto controlado” naquela região e, consequentemente, fazer o músculo reduzir de espessura, já que essa é a evolução natural após um infarto.
“O álcool absoluto é muito irritativo e esse procedimento estava associado a algumas complicações como o surgimento de arritmias ventriculares graves durante o exame e de bloqueios cardíacos após a realização da ablação da artéria septal”, revela o cardiologista.

Segundo ele, em alguns casos, era necessário o implante de um marcapasso cardíaco. “Dependendo da quantidade de álcool que se injeta, existe o risco de provocar uma perfuração do músculo cardíaco, causando uma complicação chamada de comunicação interventricular, ou seja, um “furo” entre os dois ventrículos.”

 

Inovação e vantagens

O procedimento realizado no HD, que ainda está em fase de acúmulo de experiência no Brasil, trata a doença por cateter, mas sem injetar álcool absoluto. O cardiologista diz que é utilizada uma substância chamada Ônix que são micropartículas, usadas para embolização na área da Neurologia e de malformações arteriovenosas na circulação periférica.

As vantagens observadas com esse novo tipo de tratamento é a drástica redução de complicações, raras ocorrências de arritmias e de bloqueios, evitando a necessidade de implante de marcapasso.

O Dr. Sidney Munhoz, de Cuiabá (MT), que atualmente tem a maior experiência nacional com essa técnica alternativa, foi convidado a participar do procedimento junto com a equipe, formada pelos médicos Gilberto Lahorgue Nunes e Diane Cláudia Roso (Cardiologistas Intervencionistas) e Júlia Schmidt Silva Busato (anestesista).

O procedimento foi bastante complexo pois, ao contrário do que ocorre na maioria dos casos, mais de um ramo coronariano irrigava a porção mais hipertrofiada do septo interventricular. Desta forma, foi necessária a embolização de 4 ramos diferentes. O gradiente (diferença de pressão) registrado dentro da cavidade do ventrículo esquerdo foi reduzido de 53 mmHg para 15 mmHg. O critério de sucesso para este tipo de procedimento exige que o gradiente final pós-tratamento seja inferior a 30 mmHg.

Num caso como este, se a técnica convencional com injeção de álcool absoluto fosse utilizada, o risco de complicações sérias seria muito alto pelo grande volume de álcool a ser injetado. Muito provavelmente, com esta técnica seria necessário repetir o procedimento mais de uma vez para poder completar o tratamento com segurança.

Ao contrário, utilizando a nova técnica com o uso da substancia Onix, foi possível embolizar todos os ramos envolvidos sem o surgimento de arritmias, bloqueios cardíacos ou outras complicações. O paciente evoluiu muito bem após o procedimento, tendo recebido alta 48 horas após o procedimento.

Para saber mais, confira a entrevista do Dr. Gilberto ao programa Rio Grande no Ar, na TV Record (primeiro vídeo), e no Tudo por Você, da RDCTV Digital.

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 111122 foto dr na record

Tecnologia Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 111122 foto dr no programa


Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre

Agência Ibr Marketing Digital