Hipertensão e coronavírus

Sociedades médicas se manifestam sobre o suposto risco de piora da infecção pelo coronavírus e o uso de medicamentos para a pressão

Em meio à pandemia provocada pelo coronavírus, começaram a circular pelas redes sociais informações correlacionando o uso de determinados tipos de medicamentos para tratamento da hipertensão arterial – “pressão alta” – com o agravamento da infecção provocada pelo coronavírus.

Em virtude da disseminação dessa questão sem fundamentação científica sólida, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (por meio do seu Departamento de Hipertensão Arterial) e as sociedades americanas e europeia de cardiologia divulgaram notas ressaltando a falta de embasamento científico dessas informações e orientando a conduta a ser seguida por médicos e pacientes.

As medicações implicadas na suposta piora do quadro clínico dos pacientes infectados pelo coronavírus seriam os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (captopril, enalapril, lisinopril, ramipril) e os bloqueadores do sistema renina-angiotensina (losartan, valsartan, candesartan).

O Dr. Gilberto Lahorgue Nunes faz uma análise das opções e recomenda que, em situações de insuficiência cardíaca e pós-infarto, essas medicações não devem ser suspensas, pois elas reduzem a mortalidade desses pacientes. Já no tratamento da hipertensão arterial, deve prevalecer o bom senso, com uma conversa franca do cardiologista com seu paciente sobre a possibilidade de troca de medicação por um breve período, visto que pode ser feita uma substituição segura.

 

Nos arquivos abaixo, podem ser conferidas as notas divulgadas pelas sociedades médicas.

Position Statement of the ESC Council on Hypertension on ACE-Inhibitors and Angi

HFSA_ACC_AHA Statement Addresses Concerns Re- Using RAAS Antagonists in COVID-19

Nota do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia


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Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre