Qual o tratamento para disfunção ventricular esquerda?
Qual o tratamento para disfunção ventricular esquerda?
O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes ressalta que o tratamento da disfunção ventricular se assemelha ao dedicado para os casos de coração fraco ou funcionando 30%, ou ainda em casos de insuficiência cardíaca. Confira as recomendações.
A disfunção ventricular se caracteriza pela incapacidade do ventrículo esquerdo em desempenhar de maneira adequada sua principal função, ou seja, bombear o sangue para todo o corpo. A consequência desse desempenho inadequado do músculo cardíaco é o desenvolvimento de um quadro de insuficiência cardíaca, caracterizado pelo surgimento de falta de ar ou cansaço durante o esforço físico.
Quando a insuficiência cardíaca é detectada, torna-se extremamente importante identificar a sua causa, pois em muitos casos o tratamento da doença de base (como hipertensão arterial, a doença das válvulas, a obstrução das artérias coronárias, entre outras) pode melhorar o desempenho do ventrículo esquerdo e, consequentemente, aliviar o quadro clínico do paciente.
Além disto, o tratamento da insuficiência cardíaca envolve, também, a utilização de uma série de medicamentos extremamente eficazes no alívio dos sintomas, sendo que alguns deles são capazes de prolongar a vida mesmo de pacientes com quadros clínicos mais graves. O emprego sistemático dessas medicações nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca mudou radicalmente a história natural dessa doença, tornando o transplante cardíaco uma opção apenas nos indivíduos que não apresentam melhora da situação clínica apesar do tratamento médico otimizado.
Finalmente, outro grande avanço no arsenal terapêutico para tratamento da insuficiência cardíaca foi o desenvolvimento do implante dos ressincronizadores e dos desfibriladores cardíacos. Esses dispositivos semelhantes aos marca-passos, além de controlar a frequência cardíaca, são capazes de melhorar a sincronia de contração do coração e o desempenho do músculo cardíaco (caso dos ressincronizadores). Já os desfibriladores detectam a presença de arritmias ventriculares graves e disparam pequenos choques elétricos no músculo cardíaco, evitando a ocorrência de parada cardíaca e morte súbita.
8 comments
Solange rosa Ferreira andrade
8 de junho de 2022 at 21:54
Meu nome Solange rosa tenho 58 anos tenho disfunção sistolica leve a moderada do VE.tbm doença agroecológica obstrutiva moderada em um vaso principal. E a minha cardiologista disse que eu não tenho problema nem um sendo que sinto dor no peito dormência do lado esquerdo o que fazer.me ajudem
Dr. Gilberto
23 de junho de 2022 at 10:53
É preciso determinar o que causou a disfunção do ventrículo esquerdo. Não é incomum que uma lesão aparentemente moderada pela angiografia coronária possa causar isquemia (irrigação insuficiente de uma parte do músculo cardíaco) e ocasionar déficit de contração do ventrículo esquerdo. Sugiro que seja consultado um outro cardiologista para uma segunda opinião a respeito do caso.
Márcia
21 de setembro de 2022 at 17:04
Fiz um ecocardiograma deu disfunção diastólica do tipo 1 ,sinto falta de ar, e muito cansada, tenho que dormir com travesseiro bem alto por causa da falta de ar, é normal senti isso?
Dr. Gilberto
19 de outubro de 2022 at 16:30
Não, esses sintomas não são normais. A disfunção diastólica grau I frequentemente é associada a presença de hipertensão arterial e, geralmente, não causa sintomas. Sugiro que você procure um cardiologista para que seja realizada uma avaliação clínica mais completa.
Marinete Aparecida Augusto Oliveira
16 de outubro de 2022 at 22:12
Meu nome é Marinete eu tenho 46 anos eu fiz o ecocardiograma o resultado foi de uma disfunção sistólica global leve e uma disfunção diasistolica tipo 1 eu gostaria de saber se preciso fazer algum acompanhamento com cardiologista e qual seria o tratamento
Dr. Gilberto
25 de outubro de 2022 at 17:14
Sim, é altamente recomendável que você seja avaliada por um cardiologista. Esses achados ecocardiográficos são frequentes em pacientes portadores de hipertensão arterial, especialmente quando a pressão não está adequadamente controlada.
Lucia
24 de outubro de 2022 at 15:19
Fiz um eco e o resultado deu relaxamento católico anormal do VE grau 1 .não tenho hipertensão nem diabetes nem uso nenhum tipo de medicamento mas estou bem acima do peso tem algum tratamento com medicamento para que possa reverter? Obrigada
Dr. Gilberto
9 de novembro de 2022 at 12:32
Alterações leves do relaxamento diastólico do VE são relativamente comuns de serem detectadas no ecocardiograma e, na ausência de outros fatores de risco (hipertensão arterial, diabetes, etc), não requerem tratamento, específico.