Covid-19: relação entre vacinas e problema cardíaco

Cardiologista Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre WhatsApp Image 2021 07 19 at 16.05.41

Comunicado recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que existe uma ligação “provável” entre casos de inflamação no coração e a injeção de vacinas contra a covid-19 que usam a tecnologia de RNA mensageiro.

O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes explica a relação entre vacinas e o problema cardíaco, alertando que não há razão para pânico.

Recentemente, foram publicadas notícias na mídia sobre a ocorrência de miocardite após pessoas, especialmente nos Estados Unidos, terem recebido a vacina contra a Covid-19, especificamente, os imunizantes da Pfizer e da Moderna, uma tecnologia nova que utiliza o RNA mensageiro.

A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, que pode se manifestar com episódios de falta de ar, dor no peito e, eventualmente, palpitações.

Alguns pontos são importantes de serem ressaltados em relação a essa ocorrência. Em primeiro lugar, tanto os órgãos americanos quanto os europeus de controle de vacinas revisaram criteriosamente todos esses casos. A miocardite após a vacinação é bastante rara. De modo geral, acontecem 41 casos por milhão de doses de vacina aplicadas.

Normalmente, essa reação acontece alguns dias depois de tomada a segunda dose da vacina. A maioria dos pacientes acometidos é de jovens do sexo masculino com idade abaixo de 29 anos. Outro ponto importante é que na grande maioria dos casos, o quadro de miocardite é leve e, normalmente, regride com cuidados convencionais para esse tipo de afecção.

Finalmente, a análise dos números de casos ocorridos quanto à gravidade, comparada com o número de pessoas imunizadas, levou a conclusão de que os benefícios da vacina contra a Covid-19 em muito superam os riscos de desenvolvimento de miocardite, que, como falado anteriormente, é bastante rara e tende a ser um acometimento leve.

Não há razão para pânico. Não há motivo para se evitar tomar a vacina. O fundamental é estar alerta para que, se após a segunda dose, especialmente se a pessoa tiver idade abaixo de 29 anos, surgirem alguns sintomas, como falta de ar, dor no peito ou palpitação, procure imediatamente o serviço de saúde para se avaliado.

Escute a explicação do Dr. Gilberto:


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Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre