No dia 14 de novembro, celebra-se o Dia Mundial do Combate ao Diabetes, uma doença que tem se tornado uma verdadeira pandemia mundial. Dados do Ministério da Saúde contabilizam um total de aproximadamente 16 milhões de diabéticos no Brasil. A incidência aumenta com o envelhecimento, acometendo mais de 20% da população com idade acima dos 65 anos, sendo que o diabetes anda de mão dadas com outra epidemia nacional, a obesidade.
Projeções feitas a partir de estudos epidemiológicos indicam que até 2045 haverá um aumento de 55% ou mais no número de diabéticos no nosso país, com um impacto expressivo em termos de saúde pública.
O diabetes é um conhecido fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral. Além disso, os diabéticos estão mais propensos a desenvolver hipertensão arterial e aumento dos níveis de colesterol. Pacientes adultos com diabetes apresentam um risco duas a quatro vezes maior de morrer de doenças cardíacas do que os não-diabéticos.
O que podemos fazer para impedir o alastramento dessa doença e das suas consequências?
Mudanças simples no estilo de vida exercem um efeito poderoso na prevenção do desenvolvimento do diabetes. Dados do Diabetes Prevention Program dos Estados Unidos mostraram uma redução de 58% na incidência da doença ao final de três anos de acompanhamento com a perda de 7% do peso corporal e a realização de atividade física de moderada intensidade por 150 minutos por semana.
Outra medida fundamental é o diagnóstico precoce, especialmente em pessoas com obesidade/sobrepeso, hipertensão arterial ou com história de diabetes na família. O diagnóstico e tratamento precoce do diabetes são fundamentais para prevenir a ocorrência de dano ao coração, ao cérebro e aos rins.
Finalmente, novos medicamentos recentemente aprovados para o uso clínico, são capazes de reduzir a ocorrência de morte por causas cardiovasculares e a progressão do comprometimento da função dos rins. Em resumo, podemos sim controlar a epidemia do diabetes usando o tripé prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado!
Fonte: JC – 13/11/2020