O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes explica a preferência do cateterismo com acesso pelo pulso (via radial) e os benefícios para o paciente em relação ao procedimento feito pela virilha (femoral).

A cinecoronariografia ou cateterismo cardíaco por diagnóstico de obstruções nas artérias coronárias ou, eventualmente, no seu tratamento através do implante de endopróteses metálicas, os chamados stents, podem ser realizados tanto por punção de uma artéria na virilha quanto no pulso, que é o chamado acesso radial.
A preferência, hoje em dia, tem sido dada ao acesso radial porque ele proporciona maior conforto ao paciente, menor tempo de recuperação e menor chance de complicações hemorrágicas, como sangramento, fístulas arteriovenosas e formação de pseudoaneurismas.
Além disso, em situações de urgência ou emergência, como por exemplo, no tratamento do infarto agudo do miocárdio, existem evidências de que a realização do procedimento pelo punho reduz a chance de morte associada ao procedimento.



Cateterismo Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre corpoO cateterismo cardíaco é um exame necessário, muitas vezes, para o esclarecimento de doenças cardíacas. Hoje em dia, esse é um procedimento de rotina. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que sejam feitos 1 milhão de cateterismos cardíacos por ano.

Importante ressaltar, que esse é um exame extremamente seguro, sendo que a ocorrência de complicações graves é muito rara, normalmente abaixo de 1%.

O risco de se morrer durante um cateterismo cardíaco é em torno de 0,05%, e de haver alguma complicação vascular grave relacionada ao local no qual foi feita a punção da artéria, necessária para a realização desse procedimento, também é absolutamente infrequente, com incidência de 0,2 a 0,3%.

Concluindo: o cateterismo cardíaco é um exame importante e necessário para ajudar o seu cardiologista a definir o grau e a severidade do comprometimento cardíaco. Realizado com técnicas adequadas e em local habilitado, é um procedimento extremamente seguro, com baixo risco de complicações ou de morte. Na maioria das vezes, pode indicar a necessidade de tratamentos adicionais que melhoram tanto a qualidade de vida quanto, eventualmente em quadros agudos, melhorar a evolução a longo prazo e reduzir a mortalidade desses pacientes.

Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre



Cateterismo Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre 1As doenças cardiovasculares, especialmente o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral, representam a principal causa de morte em adultos no Brasil.
O que se tem observado em anos recentes é que as doenças do coração, principalmente a angina e o infarto do miocárdio, têm acometido pacientes cada vez mais jovens.
Tradicionalmente, esse tipo de doença ocorre em pessoas após a quinta ou sexta década de vida. Entretanto, provavelmente relacionado a hábitos não saudáveis, vida atribulada, falta de condições de fazer exercícios físicos e de manter uma dieta adequada, tem-se visto pacientes cada vez mais jovens chegando às emergências com quadro de angina aguda, ou angina instável, ou mesmo com infarto do miocárdio.

Esta semana, o secretário especial de Cultura do governo federal, Mario Frias, de 49 anos, teve a repetição de um quadro agudo de isquemia coronariana, tendo sido submetido a um novo cateterismo cardíaco para verificação do estado das artérias coronárias. É a segunda vez que ele é hospitalizado para esse tipo de procedimento. Anteriormente, em dezembro, ele havia feito cateterismo para colocação de dois stents.

O alerta que se faz sobre a importância de prevenir a ocorrência dessas doenças por meio de hábitos saudáveis de alimentação, exercício físico regular, evitar o tabagismo. E, principalmente, se houver algum outro fator de risco associado como pressão alta, níveis elevados de colesterol, ou diabetes, fazer um controle estrito dessas doenças a fim de se minimizar o risco de no futuro desenvolver um quadro de infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral.



O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes esclarece sobre o tempo de duração do cateterismo quando para diagnóstico ou tratamento

Cateterismo cardíaco é o nome genérico que se dá para todos os procedimentos em que o coração é acessado por intermédio da introdução de cateteres, com a punção de uma artéria ou uma veia.

Quanto tempo demora um cateterismo?
Na grande maioria dos casos, quando se fala em cateterismo cardíaco, está se referindo ao estudo realizado das artérias coronárias visando à detecção de obstrução ou de entupimento desses vasos.

De modo geral, o cateterismo é um exame bastante rápido, realizado em torno de 15 a 20 minutos. No caso do cateterismo ser feito para tratamento de uma doença cardíaca, demora um pouco mais, o tempo podendo variar de 30 minutos a duas ou três horas, dependendo da complexidade do caso a ser tratado.

Saiba mais – Hoje em dia, o cateterismo é utilizado basicamente em adultos para se verificar a presença ou não de obstruções nas artérias coronárias, que são aquelas que irrigam o músculo cardíaco. Diagnósticos de outras doenças, como doenças de válvulas cardíacas podem ser realizados de maneira menos invasiva, por meio de exames como ecocardiograma e outros. Mas para detectar obstruções em coronárias, o cateterismo cardíaco ainda é o procedimento padrão outro, o exame mais recomendado para definição da anatomia dessas obstruções e, consequentemente, para a seleção do tratamento.

O cateterismo cardíaco é um procedimento de rotina, com baixíssimo risco de complicações. O risco de complicações graves, como morte, infarto, durante a realização do cateterismo é abaixo de 1%. Pode ser realizado por duas vias. A via utilizada há mais tempo é através de uma punção de uma artéria localizada na região da virilha (a femoral). Também pode ser feito através da punção de uma artéria localizada no punho, que é a artéria radial.

São várias as vantagens da realização pelo acesso radial em comparação com o feito pela virilha. Em primeiro lugar, o paciente tem a possibilidade de imediatamente após o procedimento levantar da mesa de exames e caminhar, sem necessidade de manter um repouso na cama, deitado ou com a perna imóvel, como acontece com o cateterismo pela via femoral.

Segundo, e mais importante de tudo e que já está demonstrado, é que ao se realizar o cateterismo pelo punho reduz significativamente a chance de complicações no local da punção da artéria, como hematomas ou, mais sérias, como a fístula arteriovenosa, o pseudoaneurisma, ou mesmo a perfuração de um vaso. Ou seja, é um exame mais seguro se realizado pelo punho do que pela virilha.
É um exame fundamental para definição dos pacientes que têm quadros de angina e é salvador de vidas para aqueles indivíduos que se apresentam com quadro agudo de infarto do miocárdio.



 

Em 2020, a Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul realizou a primeira edição do Socergs Atualização Digital. O médico cardiologista Gilberto Lahorgue Nunes participou como um dos palestrantes convidados, abordando o tratamento das doenças cardíacas estruturais por cateter.
Cada vez mais, os tratamentos por cateter vêm sendo aplicados com bons resultados, especialmente em pacientes nos quais a cirurgia de peito aberto é contraindicada ou de alto risco. Para o Dr. Gilberto, essa alternativa representa uma nova fronteira para tratamentos por cateter.

Às vésperas da segunda edição, a Socergs liberou os vídeos das palestras de 2020. Compartilhamos aqui a palestra do Dr. Gilberto.

Em tempo: no próximo sábado, 8 de maio de 2021, o Dr. Gilberto participa da segunda edição, com o tema “Doenças valvulares”. O conteúdo será apresentado via live streaming durante o período em que o evento estiver ocorrendo. Após a live, poderá ser acessado pelos inscritos via on demand (disponível por três meses) no site da Socergs.


Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre

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