Uma dúvida muito frequente é sobre o que é a angina. Se é uma doença cardíaca, como deve ser tratada?
Na verdade, a angina é um sintoma. É uma dor, geralmente, no lado esquerdo do peito ou na porção central do tórax, atrás do osso esterno. Normalmente, tem uma característica de aperto ou de peso. Mais raramente, pode se manifestar como uma queimação, muitas vezes se confundindo com um sintoma gástrico.
Classicamente, a angina surge quando a pessoa faz algum tipo de esforço físico – subir uma escada, acelerar o passo – e, tradicionalmente, alivia em poucos minutos, assim que a pessoa cessa a atividade que a provocou.
A angina é uma manifestação clínica de uma obstrução de alguma artéria coronária por uma placa de gordura. As artérias coronárias são aquelas que irrigam o músculo cardíaco. Quando o fluxo de sangue é diminuído pela existência de uma obstrução, o sinal de alerta que o coração emite é justamente a dor de angina.
Tratamento – Quando a pessoa começa a apresentar esse sintoma, é muito importante que ela procure consultar com um cardiologista para avaliar a extensão do problema e, eventualmente, definir qual o melhor tratamento a ser empregado, que pode ser apenas com medicações ou com a realização de um exame invasivo, chamado cateterismo cardíaco.
O cateterismo cardíaco vai identificar aonde são as obstruções, se comprometem uma ou mais coronárias, e, eventualmente, definir se há necessidade de um tratamento diferente, que pode ser a angioplastia com colocação de stent
s coronários (próteses metálicas que mantêm o vaso aberto) ou, numa minoria de pacientes, a necessidade de fazer uma cirurgia de peito aberto com a colocação de pontes de safena.
Em alguns casos, geralmente naqueles pacientes que tiveram dor em um esforço físico e não procuraram um cardiologista para investigar, pode se instalar um quadro de angina instável – quando a dor começa a aparecer cada vez mais com menos quantidade de esforço, com maior frequência e maior intensidade ou até com a pessoa parada, sem fazer nenhuma atividade físico. Nesses casos, é preciso ação imediata, o paciente deve procurar uma emergência de algum hospital, pois eventualmente, pode haver a necessidade de se realizar um cateterismo de urgência devido à gravidade do quadro.
O reconhecimento desse sintoma e o seu tratamento adequado impedem que o quadro possa progredir para um infarto agudo do miocárdio.