novembro 2023 | Dr. Gilberto Nunes Cardiologista Porto Alegre novembro 2023 | Dr. Gilberto Nunes Cardiologista Porto Alegre

Indicado como alternativa para pacientes que não toleram anticoagulantes ou com alto risco para sangramento, ou ainda que apresentaram sangramento importante durante o uso desses medicamentos, o fechamento do apêndice atrial esquerdo por cateter é tão eficaz quanto e mais seguro do que a anticoagulação na prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes que apresentam um risco mais elevado de ocorrência de sangramento, como os idosos.

Esse foi o foco do evento realizado pelo Dr. Gilberto Lahorgue Nunes na última quarta-feira, 22 de novembro, que coordenou o debate sobre o tema com cardiologistas clínicos. Como palestrante convidado, o diretor clínico da CardioRitmo (de São José dos Campos, SP), Dr. Eduardo Rodrigues Bento Cunha, especialista em estimulação cardíaca artificial e eletrofisiologia invasiva.

O procedimento é indicado em pacientes portadores de uma arritmia chamada fibrilação atrial. Essa arritmia provoca acúmulo de coágulos dentro do apêndice do átrio esquerdo, que podem se deslocar, entrar na corrente sanguínea e migrar para o cérebro, provocando um AVC. A técnica foi desenvolvida para fazer o isolamento desse apêndice, de maneira que não exista a formação de coágulos nem a embolização para o cérebro. A vantagem desse tratamento por cateter é que ele é tão eficaz para a prevenção do AVC quanto o tratamento convencional utilizando medicamentos anticoagulantes, porém sem estar associado ao risco de sangramentos.

“O encontro serviu para discutir as indicações atuais, a seleção de pacientes que podem se beneficiar da oclusão do apêndice atrial esquerdo por cateter e os resultados tanto imediatos quanto tardios dessa técnica. Houve troca de experiências e debate com os cardiologistas clínicos, incentivando-os a considerarem esse tipo de procedimento no manejo dos pacientes que portadores da fibrilação atrial”, comentou o Dr. Gilberto.

O evento contou com o apoio científico da empresa Boston Scientific.

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Como as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil e no mundo, é fundamental conhecer os fatores de risco que levam a isso, especialmente aqueles que podem ser modificados. Esse é o foco das questões que o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes vem abordando em seu quadro semanal no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV).

Dando continuidade à análise do estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, recentemente publicado na renomada revista médica “The New England Journal of Medicine”, no último domingo (12), o Dr. Gilberto comentou sobre mais um fator de risco modificável apontado nesse estudo: a pressão arterial.pressão arterial

A pressão arterial é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, é muito importante que as pessoas saibam qual são seus níveis de pressão de modo geral.

O cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes destaca um ponto importante: pressão alta não é um pico isolado de pressão. Pressão alta significa que a pressão arterial está acima do recomendado na maioria dos dias ou das horas do dia, e não em uma situação extrema. “Picos isolados de pressão arterial não caracterizam a doença hipertensão”, reforça o cardiologista.

A pressão arterial alta aumenta o dano vascular e, consequentemente, favorece que a formação de placas de gordura nas artérias coronárias, nas artérias do cérebro ou nas artérias carótidas. Além disso, se uma pessoa hipertensa apresenta picos altos de pressão arterial ou pressão sistematicamente descontrolada, está sujeita a um maior risco de rompimento de um vaso no cérebro e a subsequente ocorrência de um acidente vascular cerebral hemorrágico (que costuma ser mais grave do que o AVC isquêmico). Dessa forma, a pressão arterial não controlada pode aumentar tanto a incidência de infarto quanto dos dois tipos de AVC. Adicionalmente, esse descontrole pode causar danos sobre a retina, os rins e a circulação periférica.

Por outro lado, na maioria das vezes, pressão baixa não é um problema. Salvo em situações específicas de pacientes com doenças cardiovasculares agudas ou descompensadas, as quais a queda acentuada da pressão arterial pode ser um indicativo de gravidade do quadro clínico.

Causas da pressão alta

Em 90% dos casos não se sabe o que causa a elevação da pressão arterial. Em aproximadamente 10% dos casos é possível identificar uma causa específica. Essa situação geralmente ocorre em pessoas jovens que desenvolvem um quadro de hipertensão arterial em função de algumas doenças endócrinas ou do rim. A vantagem teórica nesses casos é que o tratamento da doença de base pode normalizar ou controlar de maneira mais adequada os níveis de pressão.

“À medida em que se envelhece, pelo enrijecimento das artérias do nosso corpo, existe uma tendência gradativa da pressão ir aumentando. De maneira que, em populações acima dos 60-70 anos, quase metade acabam ficando hipertensos pelo processo de envelhecimento”, comenta o Dr. Gilberto.

Felizmente, existe uma série de medicamentos bastante eficazes no controle da pressão arterial. Também são importantes no controle da pressão arterial a prática de atividade física regular e os cuidados com a alimentação. “Nada de saleiro na mesa”, recomenda o Dr. Gilberto Nunes.



As mortes globais e a incidência das doenças cardiovasculares (como infarto e acidente vascular cerebral ou AVC) são explicáveis em grande parte pela presença de cinco fatores de risco amplamente conhecidos e modificáveis. Essa é a conclusão apontada pelo estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, que foi recentemente publicado na renomada revista médica “The New England Journal of Medicine” e que o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes analisa em seu quadro semanal no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV).Cateterismo Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre foto Dia nacional de prevencao a obesidade

A obesidade é uma epidemia mundial. No Brasil, estima-se que entre 40 e 50% da população ou sejam obesas ou tenham sobrepeso. No Rio Grande do Sul, esse índice pula para 57%. O índice de massa corporal (IMC), uma medida muito utilizada para a quantificação do excesso de peso, foi o primeiro dos fatores de risco modificáveis identificado no estudo.

Para definir se uma pessoa é obesa ou não, é necessário saber não só o peso, mas também a sua altura. O IMC é calculado dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura em centímetros. O IMC considerado normal é até 24,9, tanto para homens quanto para mulheres. Se este índice estiver acima de 25 indica a presença de sobrepeso e, se for superior a 30, o diagnóstico é de obesidade grau I (numa escala que vai até a obesidade grau III chamada de obesidade mórbida). Importante ressaltar que o aumento do peso corporal é um fator de risco cardiovascular que pode ser modificado principalmente por intermédio de mudanças no estilo de vida.

 

Questão de saúde pública

Há vários estudos que indicam que existe uma correlação entre obesidade e doença cardiovascular e, também, com outras doenças (como o diabetes, por exemplo.) “Consequentemente, é necessário tratar a obesidade ou o excesso de peso como um problema de saúde pública. Não se trata de fazer nenhum julgamento de valor ou estético. Estamos falando de saúde e quanto mais próximo o indivíduo estiver do peso ideal, melhor para a sua saúde”, ressalta o Dr. Gilberto.

Na maioria dos casos, obesidade está relacionada a dois fatores básicos: excessiva ingesta de calorias (alimentos contendo carboidratos ultraprocessados, por exemplo) e a falta de atividade física regular. “Não é uma questão de quantidade, mas sim de qualidade da alimentação. O importante é ter uma dieta balanceada e saudável”, enfatiza o Dr. Gilberto.  “Além disso, da mesma forma que a pessoa geralmente conhece o seu tipo sanguíneo, é importante saber o seu IMC, com o objetivo de estar atenta à possibilidade de uma aproximação do limite do índice de obesidade, que é acima de 30”, completa o cardiologista.

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No último domingo, 29 de outubro, em seu quadro no Programa da Regina (domingos, 18h, Canal Bah!, canal 20 da Claro TV), o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes abordou recente estudo mundial que apontou os cinco fatores de riscos evitáveis de problemas cardiovasculares e morte por qualquer causa.

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As mortes globais e a incidência das doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), são explicáveis, na sua maioria, por cinco fatores de risco amplamente conhecidos e modificáveis. Essa é a conclusão apontada pelo estudo realizado pelo grupo de pesquisadores do “The Global Cardiovascular Risk Consortium”, que foi recentemente publicado na renomada revista médica The New England Journal of Medicine”.

Esses cinco fatores de risco são o índice de massa corporal (calculado dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura em centímetros), a pressão arterial, os níveis de colesterol, a presença ou não de diabetes e o fumo). Juntos, eles são responsáveis por 57% dos AVCs e infartos nas mulheres e por 52% desses eventos cardiovasculares nos homens. Além disso, esses cinco fatores são responsáveis por 27% das mortes por todas as causas ao final de 10 anos nas mulheres e por 22% delas nos homens. As conclusões desse estudo foram baseadas em uma análise de 112 estudos epidemiológicos realizados em 32 países de oito regiões geográficas e que envolveram mais de 1,5 milhão de pessoas.

Os achados desse estudo demonstram a importância não só da identificação desses fatores de risco mas, também, do seu controle. O fato de que todos os cinco fatores de risco são evitáveis reforça a necessidade de campanhas de educação e esclarecimento da população sobre o impacto deles na prevenção dos eventos cardiovasculares a longo prazo.

Desafio

É fundamental que as pessoas compreendam a importância desses fatores de risco: índice de massa corporal, pressão arterial, níveis de colesterol, presença ou não de diabetes, e fumo. “Mesmo com a realização de várias campanhas mostrando que esses fatores estão associados não só às doenças cardiovasculares, mas também a diferentes tipos de canceres, ainda não conseguimos controlá-los de maneira adequada”, ressalta o cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes.

O estudo apontou também que, quando se faz a divisão por região geográfica, a América Latina é o local do planeta onde a taxa de fumo e o índice de massa corporal (que mede o grau de gordura de uma pessoa) são maiores em comparação a qualquer outra região do mundo. “Isso mostra o tamanho do desafio que temos e o quanto poderíamos impactar positivamente a mortalidade e a ocorrência de doenças cardiovasculares se conseguíssemos conscientizar as pessoas e tratar esses fatores de risco evitáveis”, reforça.

Notícia boa

Enquanto esse estudo emite um sinal de alerta do quanto é necessário trabalhar mais e tentar ser mais inovador na conscientização das pessoas, um dado positivo foi apresentado no último Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em Porto Alegre, no mês de setembro.

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostrou que nos últimos 30 anos houve uma redução de 53% das mortes relacionadas à doença cardiovascular e de 22% na ocorrência de infartos e acidentes vasculares cerebrais (entre outras doenças cardiovasculares) no Rio Grande do Sul. “Os dados desses dois estudos demonstram que, se por um lado precisamos evoluir na prevenção da ocorrência das doenças cardiovasculares, por outro, dispomos atualmente de tratamentos (novos medicamentos e técnicas de intervenção por cateter) muito eficazes em reduzir o risco de morrer em decorrência de um infarto ou um AVC”.

Nos próximos programas, o Dr. Gilberto vai individualizar cada um desses fatores de risco, explicando o que são, qual o impacto que eles têm na saúde e o que se pode fazer para controlá-los.

 


Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre