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Nesse período de isolamento social, um fenômeno tem chamado a atenção. Pacientes portadores de doenças crônicas, especialmente na área da cardiologia, como hipertensão, insuficiência cardíaca ou obstrução de coronárias, não têm procurado ou têm descontinuado o acompanhamento médico por medo de comparecer ao consultório e se contaminar com o novo coronavírus.
Também tem se observado uma redução expressiva no número de pacientes com infarto e outras situações cardiológicas agudas nas emergências dos hospitais.
Estudos, tanto feitos no exterior quanto no Brasil, mostram que paralelamente a isso e, provavelmente como consequência desse tipo de atitude das pessoas, está ocorrendo um aumento do número de paradas cardíacas em casa.
O Dr. Gilberto ressalta que o fato de estarmos em meio a uma pandemia não significa que possamos ignorar o acompanhamento e tratamento de outras doenças crônicas, que podem ser tão importantes quanto a Covid-19.
Consultórios estão adotando todo um conjunto de medidas para minimizar o risco de contaminação e garantir a segurança no atendimento aos seus pacientes.
Uma alternativa também disponibilizada pelos consultórios é o atendimento remoto, por meio da telemedicina, que pode ser realizada por aplicativos de computador ou ainda, de forma mais simples, por vídeo-chamadas no celular.
O cardiologista enfatiza que é fundamental que pacientes cardiopatas continuem com seus acompanhamentos médicos. E mais importante ainda: havendo algum sintoma cardiológico agudo – como dor no peito intensa, falta de ar marcada sem estar associada à infecção de coronavírus, taquicardia e outras arritmias, tonturas levando a desmaios –, esses pacientes devem procurar as emergências de hospitais. O risco de uma complicação grave e até fatal é muito maior do que o eventual risco de contaminação por procurar o atendimento de emergência.
O acompanhamento médico é essencial. As doenças cardiológicas não podem ser negligenciadas durante a pandemia.