As oclusões totais crônicas das artérias coronárias representam as lesões mais desafiadoras para o tratamento por angioplastia. A tecnologia vem sendo uma forte aliada no desenvolvimento de instrumentos que aumentam a taxa de sucesso de maneira expressiva, com baixo risco de complicações.
Esta semana, o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou de um treinamento especial em novas técnicas de tratamento por cateter em simuladores. Este treinamento foi oferecido pela Boston Scientific do Brasil e incluiu novos dispositivos e cateteres para tratamento das oclusões totais crônicas das artérias coronárias, oclusão do apêndice atrial esquerdo e colocação de filtro de proteção cerebral.
O apêndice atrial esquerdo é o local mais frequente de formação de coágulos dentro do coração em pacientes portadores da arritmia cardíaca, chamada de fibrilação atrial. A oclusão do apêndice por cateter é tão eficaz quantos os medicamentos anticoagulantes (que impedem o sangue de coagular), além de não estar associado ao risco de sangramentos graves que podem ocorrer durante o uso a longo prazo destas medicações. Já os dispositivos (filtros) de proteção cerebral capturam fragmentos que são liberados na corrente sanguínea durante o implante de válvulas cardíacas por cateter, evitando a embolização dessas partículas para o cérebro e, consequentemente, a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC).
“O Congresso conjunto das Sociedades Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) e Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI) reuniu aproximadamente 3.500 participantes no Rio de Janeiro entre os dias 2 a 4 de agosto de 2023.
Foi oportunidade única de troca de experiências e atualização científica, com participação de colegas de todo o Brasil e América Latina, além de convidados da Europa e dos Estados Unidos.
Foram abordados os temas mais importantes na área de tratamento por cateter das doenças cardíacas (tratamento das obstruções coronárias, correção de problemas congênitos e das válvulas cardíacas) em palestras, mesas redondas e discussões de casos clínicos.
Outro aspecto importante foi a ampla disponibilidade de simuladores, que possibilitavam o treinamento nas diferentes técnicas de tratamento, reproduzindo as doenças e as dificuldades que são encontradas na rotina diária dos laboratórios de hemodinâmica.”
O Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou como um dos painelistas na seção científica Adequação da Revascularização Coronária em 2023 e como moderador na seção de casos clínicos que abordou as Síndromes Coronárias Agudas 2.
A clínica de cardiologia Dr. Gilberto Nunes, em Porto Alegre, passa a oferecer um novo tratamento por cateter para miocardiopatia hipertrófica, doença que causa um espessamento importante (hipertrofia) nas paredes do coração, especialmente o ventrículo esquerdo. Nessa nova técnica, a oclusão do ramo coronariano que irriga o septo espessado é feita através da injeção de uma cola vascular chamada OnyxÒ. Essa substância é usada corriqueiramente na embolização de aneurismas cerebrais, sendo bastante segura de ser utilizada.
O cardiologista explica que em pacientes nos quais o grau de obstrução é muito acentuado, causando sintomas que não respondem ao tratamento com remédios, é possível realizar um tratamento por cateter.
A forma clássica dessa abordagem menos invasiva do que a cirurgia de peito aberto consiste na injeção de álcool absoluto (100 graus) nos vasos coronários que irrigam a porção hipertrofiada do septo, visando criar uma pequena área de infarto localizado.
Apesar de ser bastante eficaz no alívio dos sintomas e na redução do grau de obstrução, devido à toxicidade do álcool absoluto, eventualmente podem surgir complicações como o surgimento de bloqueios do sistema de condução elétrica do coração (necessitando o implante de um marcapasso), arritmias cardíacas graves e perfuração do músculo cardíaco.
Menor risco de complicação
Com a utilização do Onyx é possível conseguir resultados tão bons quanto os obtidos pela injeção do álcool, mas com um risco muito menor de problemas no pós. As vantagens observadas com esse novo tipo de tratamento é a drástica redução de complicações, raras ocorrências de arritmias e de bloqueios, evitando a necessidade de implante de marcapasso.
A clínica do médico cardiologista Dr. Gilberto Nunes, em Porto Alegre, passa a contar com dois novos dispositivos para tratamento das estenoses coronarianas calcificadas: o Rotablator e Shockwave.
São utilizados em casos de lesões severamente calcificadas, nas quais existe o risco de não se conseguir expandir adequadamente as hastes do stent, aumentando a chance tanto de complicações mais precoces (trombose do stent) quanto tardias (reestenose – desobstrução da artéria coronária).
O Rotablator é um dispositivo composto de uma broca revestida por micro diamantes, capaz de remover o cálcio da placa de gordura, fragmentando-o em micropartículas que são lavadas pela circulação.
Em coronárias muito calibrosas ou quando o cálcio se localiza nas camadas mais profundas da parede do vaso, o Rotablator pode não conseguir remover a quantidade necessária do cálcio. Para superar essa dificuldade, foi desenvolvido outro dispositivo: o balão Shockwave. Conectado a uma fonte elétrica, emite ondas de pulso que fraturam o cálcio, a exemplo do que acontece na litotripsia de cálculos renais.
Com a disponibilidade desses dois dispositivos, é possível tratar mesmo as lesões mais calcificadas com segurança e alta taxa de sucesso.
Desde o final de abril, a clínica de cardiologia Dr. Gilberto Lahorgue Nunes iniciou uma parceria com o programa da jornalista Regina Lima. O médico cardiologista de porto Alegre mantém um quadro especial dentro do programa, para falar sobre a saúde do coração.
Exibido aos domingos, às 18h, no canal Bah TV (20 ou 520 da Net/Claro e no YouTube e Facebook), o quadro do Dr. Gilberto está abordando as principais dúvidas relacionadas às doenças cardiovasculares, além de esclarecer sobre os tratamentos por meio de cateterismo.
Os vídeos completos das conversas do Dr. Gilberto com a jornalista Regina Lima podem ser conferidos no canal do YouTube da clínica – www.youtube.com/@clinicagilbertonunes507
Abrindo o mês de junho, o evento Bifurcation Summit 2023 contou com a participação do Dr. Gilberto Lahorgue Nunes como um dos painelistas. Na sua sétima edição, o evento registra grande peso científico, trazendo as últimas atualizações na área da cardiologia intervencionista.
O Dr. Gilberto participou da Sessão V, que abordou os desafios desafios atuais e as perspectivas, comentando os tratamentos por intervenções coronarianas percutâneas (ICP) apresentados por especialistas convidados.
“É com grande prazer que participo do Bifurcation Summit 2023. Além da oportunidade de rever colegas, é momento para discutir a abordagem de lesões coronárias complexas. Enorme privilégio poder participar de uma mesa de discussão de casos com o Dr. Antônio Colombo, de Milão, um ícone da Cardiologia Intervencionista. (Na foto, é terceiro da direita para esquerda, ao lado do Dr. Gilberto)
O Bifurcation Summit 2023 é realizado pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Faz parte do programa de educação continuada da SBHCI e aconteceu nos dias 1 e 2 de junho em São Paulo.
Dr. Gilberto Lahorgue Nunes conduz primeiro caso no RS utilizando software baseado em IA num procedimento de implante de stent coronário
Em abril, no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, RS, foi realizado o primeiro caso de angioplastia com implante de stent coronário utilizando a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) com o novo software Ultreon™ no Sul do país. Esse foi o segundo caso realizado no Brasil (o primeiro foi em São Paulo no InCor) e foi conduzido pelo Dr. Gilberto Lahorgue Nunes e pela Dra. Diane Cláudia Roso, ambos Cardiologistas Intervencionistas. “O procedimento foi realizado para tratamento de uma estenose coronariana envolvendo uma bifurcação e ocorreu sem intercorrências. Todos os avanços proporcionados por essa nova tecnologia foram observados pela equipe”, observa Dr. Gilberto.
A Inteligencia Artifical a serviço da Cardiologia
O software Ultreon™ utiliza Inteligência Artificial (IA) para auxiliar os médicos na detecção de cálcio e na mensuração dos diâmetros das artérias, permitindo o implante de stents exatamente onde são necessários. A OCT é um exame de alta definição, no qual um pequeno cateter é introduzido dentro das artérias coronárias gerando imagens em tempo real que determinam com melhor qualidade a gravidade e a composição das placas que ocasionam os bloqueios desses vasos, provocando quadros de angina ou mesmo infarto do miocárdio.
Esse novo sistema de imagem, o Ultreon™ 1.0, foi desenvolvido pela empresa Abbott e combina a OCT com o poder da automação, usando a IA, o que permite aos médicos obter informações mais precisas e que auxiliam nas tomadas de decisão para desobstrução das artérias em procedimentos minimamente invasivos.
Esse novo sistema também permite a integração das imagens captadas com a OCT com as obtidas pela angiografia convencional com contraste, aumentando a precisão com que os stents são implantados e tornando o procedimento mais rápido e simples.
Dentre as possibilidades fornecidas por esse software de Inteligência Artificial, destacam-se a detecção automática da presença de cálcio nas placas ateroscleróticas, fornecendo o seu grau de angulação, comprimento e espessura e indicando, dessa forma, se existe a necessidade de remoção desse cálcio antes do implante do stent. Além disso, a IA identifica de maneira automática áreas do stent que não estejam completamente expandidas, permitindo a sua imediata correção. As informações detalhadas, fornecidas por essa nova tecnologia, proporcionam uma maior segurança e eficácia no tratamento por cateter das obstruções das artérias coronárias.
Adicionalmente, além desse sistema avançado de imagem intravascular, o Ultreon™ agrega a possibilidade de avaliação fisiológica minimamente invasiva das estenoses coronárias utilizando o FFR (avaliação fisiológica sob stress com adenosina) e RFR (avaliação fisiológica em repouso).
Nos dias 4 e 5 de maio, o Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou do Congresso da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul – Socergs 2023, realizado em Gramado, RS, entre 4 e 6 de maio.
O tema de destaque de sua participação foi a abordagem sobre a tomografia de coerência óptica (OCT), quando é recomendada e como é realizada. O assunto foi apresentado durante o Simpósio do Departamento de Hemodinâmica da Socergs, no dia 5. Recentemente, o cardiologista intervencionista, que tem sua clínica em Porto Alegre, conduziu o primeiro caso de angioplastia com implante de stent utilizando o OCT com o novo software Ultreon, no Hospital Mãe de Deus.
Outra participação do Dr. Gilberto no Socergs 2023 foi na atividade Mesa Redonda 5, que tratou sobre a Intervenção da Doença Estrutural, na qual ele abordou a Prevenção do AVC e o estado atual dos tratamentos percutâneos (Forame Oval Patente – FOP e Oclusão do Apêndice).
O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes participou nesta semana no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, da segunda fase de treinamento do novo software para realização da Tomografia de Coerência Ótica (OCT), exame de imagem intravascular utilizado para a visualização da parede das artérias coronárias.
A OCT é um exame de alta definição utilizado para melhor caracterizar a gravidade e a composição das placas de gordura que ocasionam bloqueios nas artérias coronárias, provocando quadros de angina ou mesmo infarto do miocárdio.
Essa nova versão do software da OCT (batizado de Ultreon) incorpora a tecnologia de inteligência artificial e, além disso, permite a integração das imagens intravasculares obtidas pelo equipamento com as imagens angiográficas obtidas durante o cateterismo cardíaco, facilitando a determinação da extensão e da composição da placa de gordura (presença de cálcio) e aumentando a segurança e a eficácia do tratamento por cateter dessas obstruções.
O Dr. Gilberto fez parte de um grupo restrito de especialistas brasileiros selecionados pela empresa fabricante desse equipamento para realizar o treinamento especial, visando dominar a técnica e, na sequência, implantar a nova tecnologia nos hospitais em que atua em Porto Alegre, RS.
As participações do médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes no programa “Tudo por Você”, da RDCTV, visam esclarecer dúvidas da audiência sobre a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares.
Aos poucos, vamos reproduzir no site e nas nossas redes sociais esse conteúdo, muito importante para quem está preocupado em garantir a prevenção às doenças cardiovasculares.
O Dr. Gilberto participa do programa todas as terças-feiras, às 14h, na RDCTV – canais 24 e 524 da Claro TV, no YouTube, Soul TV, Max Cloud, e Globall Telecom.
Confira:
Qual a média considerada normal da frequência cardíaca adulta?
Essa é uma pergunta bem frequente. As pessoas se queixam de palpitação e não sabem exatamente o que é. De modo geral, a frequência cardíaca normal de um adulto se situa entre 60 e 100 batimentos cardíacos por minuto. Normalmente, existe alguma suspeita de arritmia cardíaca quando essa marca ultrapassa os 130/140 batimentos por minuto. Por outro lado, pode haver uma possibilidade de haver um bloqueio do sistema de condução cardíaco quando a frequência cardíaca se situa abaixo de 40 batimentos por minuto.
Eventualmente, em momentos de ansiedade ou de muito estresse emocional, a frequência cardíaca pode chegar a 110/115 batimentos por minuto. Se exceder 130, a gente precisa considerar que talvez exista uma chance da pessoa ter desenvolvido algum tipo de arritmia cardíaca, que, evidentemente, precisa ser diagnosticada para ser tratada de maneira adequada.
De que forma a pessoa pode fazer um acompanhamento dos seus batimentos cardíacos, caso não esteja utilizando equipamentos de monitoramento como o Holter? Os relógios inteligentes podem ajudar?
Sim, o relógio monitor cardíaco funciona, mas tem suas limitações, além de ser um produto de valor elevado. O mais simples é, se a pessoa tem a sensação de palpitação, tente palpar seu pulso e perceber alguns aspectos: qual a sua frequência cardíaca (contando o número de batimentos em um minuto); observar se o batimento está regular (ou seja, se mesmo acelerado está regular ou se eventualmente existem falhas, por exemplo, um batimento, uma falha, um batimento…). Isso vai ajudar o cardiologista a fazer o diagnóstico ou pelo menos ter uma ideia do que pode estar acontecendo com esse paciente. São medidas simples, dependem somente de a pessoa ficar parada e contar os seus batimentos, e podem facilitar o diagnóstico na hora da consulta ao cardiologista.