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Em artigo publicado hoje (2/9) em ZH, o médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes alerta sobre a importância de estar atento a sinais e sintomas não valorizados antecedentes à ocorrência do infarto.

 

Como prevenir a tragédia da morte súbita

Como prevenir a tragédia da morte súbita

Nesse final de semana, fomos impactados pela morte de Tomaz Simon, um jovem de 49 anos, filho do ex-senador Pedro Simon. Tomaz teve morte súbita enquanto fazia compras num supermercado da capital.

As causas e os fatores de risco para o surgimento das obstruções das artérias coronárias são bem conhecidos, assim com as atitudes a serem tomadas para a prevenção da ocorrência do infarto.

Cuidados com a alimentação, atividade física regular, controle do peso, dos níveis de colesterol, da glicose e da pressão arterial (além da cessação do fumo) são ações fundamentais para quem almeja ter uma vida saudável e longa, livre da ocorrência de eventos cardiovasculares.

Entretanto, talvez nós, médicos, estejamos falhando um pouco em alertar e esclarecer as pessoas sobre os sintomas e sinais do infarto agudo do miocárdio.

Muito embora a literatura médica cite que em aproximadamente 40-50% dos casos, a obstrução de coronária aguda se manifesta de maneira súbita como um infarto ou morte súbita, quando avaliamos no consultório pacientes que sofreram um infarto, um número não desprezível deles relata algum tipo de sintoma premonitório da catástrofe cardíaca que se avizinhava.

Frequentemente, os pacientes contam que, nas semanas ou dias antecedentes à ocorrência do infarto, apresentaram sintomas não valorizados, como desconforto abdominal (geralmente confundido com indisposição gástrica), dores nos braços, nas costas ou na mandíbula, suor excessivo, cansaço inexplicável ou sensação de folego curto.

Todos esses sintomas podem ser sinais iniciais da presença de uma obstrução de uma coronária, especialmente em pacientes com fatores de risco como os listados anteriormente. Nesses casos, a procura do atendimento médico pode representar a diferença entre o diagnóstico precoce de um problema cardíaco ou a chance perdida de evitar um desfecho trágico como o de Tomaz Simon. Campanhas públicas maciças envolvendo entidades médicas e o poder público, educando as pessoas sobre como reconhecer precocemente os sintomas do infarto, são urgentes para prevenirmos mortes potencialmente evitáveis.



Insuficiência cardíaca: prevenção é fundamental | Dr. Gilberto Nunes Cardiologista

O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes destaca a importância da prevenção para evitar essa que é uma das principais causas de internação e mortes no país.

A insuficiência cardíaca é uma das principais causas de hospitalização e mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil. É uma doença na qual o músculo cardíaco fica enfraquecido e, consequentemente, não consegue bombear o sangue de maneira adequada.

Dados do Datasus (Departamento de Informática do SUS) indicam que existe em torno de 2 milhões de  pacientes portadores de insuficiência cardíaca no país, sendo que a cada ano, 240 mil novos casos são diagnosticados.

As principais causas da insuficiência cardíaca são: hipertensão arterial, doença de artérias coronárias, infartos, síndromes coronarianas agudas, doença de válvulas, doenças infecciosas que podem comprometer o coração e algumas cardiopatias congênitas presentes desde o nascimento.

É extremamente importante a prevenção do seu desenvolvimento, sendo fundamental o diagnóstico precoce de qualquer doença cardíaca que possa eventualmente evoluir para uma insuficiência cardíaca. Para tanto, é preciso fazer revisões médicas periódicas para fazer o diagnóstico de doenças que, incialmente, são silenciosas, como a doença de coronárias e a hipertensão arterial sistêmica. Controle estrito da pressão arterial, evitar o consumo excessivo de sal e álcool, também fazem parte da prevenção.



Cardiologista Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre WhatsApp Image 2021 07 19 at 16.05.41

Comunicado recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que existe uma ligação “provável” entre casos de inflamação no coração e a injeção de vacinas contra a covid-19 que usam a tecnologia de RNA mensageiro.

O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes explica a relação entre vacinas e o problema cardíaco, alertando que não há razão para pânico.

Recentemente, foram publicadas notícias na mídia sobre a ocorrência de miocardite após pessoas, especialmente nos Estados Unidos, terem recebido a vacina contra a Covid-19, especificamente, os imunizantes da Pfizer e da Moderna, uma tecnologia nova que utiliza o RNA mensageiro.

A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, que pode se manifestar com episódios de falta de ar, dor no peito e, eventualmente, palpitações.

Alguns pontos são importantes de serem ressaltados em relação a essa ocorrência. Em primeiro lugar, tanto os órgãos americanos quanto os europeus de controle de vacinas revisaram criteriosamente todos esses casos. A miocardite após a vacinação é bastante rara. De modo geral, acontecem 41 casos por milhão de doses de vacina aplicadas.

Normalmente, essa reação acontece alguns dias depois de tomada a segunda dose da vacina. A maioria dos pacientes acometidos é de jovens do sexo masculino com idade abaixo de 29 anos. Outro ponto importante é que na grande maioria dos casos, o quadro de miocardite é leve e, normalmente, regride com cuidados convencionais para esse tipo de afecção.

Finalmente, a análise dos números de casos ocorridos quanto à gravidade, comparada com o número de pessoas imunizadas, levou a conclusão de que os benefícios da vacina contra a Covid-19 em muito superam os riscos de desenvolvimento de miocardite, que, como falado anteriormente, é bastante rara e tende a ser um acometimento leve.

Não há razão para pânico. Não há motivo para se evitar tomar a vacina. O fundamental é estar alerta para que, se após a segunda dose, especialmente se a pessoa tiver idade abaixo de 29 anos, surgirem alguns sintomas, como falta de ar, dor no peito ou palpitação, procure imediatamente o serviço de saúde para se avaliado.

Escute a explicação do Dr. Gilberto:



O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes ressalta que o tempo de repouso vai depender de por onde foi feito o cateterismo.

Qual o tempo de repouso para quem faz cateterismo?Como já abordado em dúvidas anteriores enviadas à nossa clínica, o cateterismo pode ser feito pelo punho (técnica radial) ou pela punção de uma artéria na região da virilha (técnica femoral). O tempo de repouso para o paciente vai depender do local no qual foi feito o procedimento.
Quando o cateterismo é feito pelo punho, o tempo de repouso é geralmente em torno de três a quatro horas, período no qual fica uma pulseira compressiva ou um curativo compressivo colocado no punho. Após esse período, a pulseira é retirada, e o paciente é liberado para casa. É importante ressaltar que durante esse tempo de observação no hospital, o paciente pode ficar sentado, pode se levantar e caminhar, ir ao banheiro, sem necessidade de repouso na cama.
Já quando o cateterismo é feito pela virilha, isso não acontece. O paciente tem que ficar imóvel, deitado, sem mexer a perna na qual foi feita a punção da artéria femoral, por um período que varia de quatro a seis horas. Só depois desse tempo é que o indivíduo é liberado para poder caminhar e, se tudo estiver de acordo com o esperado, então, ele pode ser liberado para casa.



O cardiologista Dr. Gilberto Nunes explica que os cuidados após a realização de um cateterismo estão diretamente relacionados ao local em foi feito o procedimento.

Cardiologista Cardiologista Dr. Gilberto Nunes | Porto Alegre WhatsApp Image 2021 07 08 at 12.15.49 e1625759010866Quais os cuidados após fazer cateterismo?

Os cuidados básicos após a realização de um cateterismo estão, geralmente, relacionados ao local no qual foi feita a punção da artéria para a realização do procedimento.

Quando o cateterismo for feito para diagnóstico, normalmente, o paciente fica de duas a três horas no hospital, se for feito pelo punho, e de quatro a seis horas, se feito pela virilha.

Em um cateterismo realizado pela virilha (via artéria femoral), nesse período de repouso a pessoa deve com a perna imóvel, para evitar ocorrência de sangramento no local da punção. Se o cateterismo for pelo braço (via radial), é feito um curativo compressivo, colocada uma pulseira, que vai sendo gradualmente desinsuflada, de maneira que a pessoa pode se movimentar livremente após a realização do procedimento.

Depois que o paciente de um cateterismo pelo punho for liberado para casa, a recomendação é de não fazer grandes esforços com o braço direito, no qual foi feito o exame, nas primeiras 24 horas, ou seja, não dirigir, não pegar peso.

No caso do cateterismo ter sido realizado na virilha, recomenda-se durante esse mesmo período (24 horas) não forçar demais a perna na qual foi realizado o exame, ou seja, não caminhar demais e não subir escadas de maneira frequente.

 



Qual exame detecta veia entupida no coração?

Muitas pessoas se referem a doenças cardíacas como sendo uma veia entupida no coração, trazendo uma pergunta recorrente: “como saber se a veia do coração está entupida?”. O médico cardiologista Dr. Gilberto Nunes esclarece que, inicialmente, é importante fazer uma diferenciação entre o que é veia e o que é artéria.

As veias são os vasos que drenam o sangue não oxigenado dos tecidos e o levam para o pulmão, onde ele é oxigenado. As artérias, por outro lado, são os vasos que conduzem o sangue oxigenado para irrigação e oxigenação dos tecidos.

Dessa forma, doenças acometendo veias cardíacas são extremamente raras. O que é muito mais comum são doenças acometendo as artérias coronárias, que são as que irrigam o músculo cardíaco. Podem causar desde quadros de angina, que é aquela dor no peito em aperto e que surge geralmente associada ao esforço físico, até a oclusão total das artérias coronárias, levando a uma situação de infarto agudo do miocárdio, no qual o músculo cardíaco, por falta de recebimento do sangue oxigenado e da sua irrigação, acaba morrendo e levando uma parte do músculo cardíaco a não funcionar ao longo do tempo.

Causas do “entupimento” das artérias – As pessoas perguntam “o que entope as veias do coração” – no caso as artérias coronárias. O processo de aterosclerose começa muito cedo na vida. Existem evidências de crianças e adolescentes já com pequenas placas de gordura nas artérias coronárias no seu estágio inicial nessa faixa etária. Fumo, obesidade, presença de colesterol alto, pressão alta e diabete contribuem para a progressão da obstrução ao longo dos anos, levando ao surgimento de sintomas – dor no peito ou cansaço desproporcional ao se fazer uma atividade física.

Qual exame detecta veia entupida no coração?
Coronária direita com duas estenoses graves, no seu óstio (seta preta) e terço médio (seta vermelha).

A detecção de obstruções ou de entupimentos em artérias cardíacas pode ser feita por meio de exames não invasivos, como teste ergométrico, cintilografia do miocárdio, ecocardiografia de estresse ou mesmo ressonância cardíaca.

Num extremo mais invasivo, o diagnóstico pode ser feito pelo cateterismo cardíaco, geralmente indicado quando o paciente apresenta um quadro instável, com risco de evolução para um infarto do miocárdio, ou quando os exames não invasivos mostram uma grande área do músculo cardíaco com irrigação deficiente.

Sobre o diagnóstico por cateter – Cateterismo cardíaco é o nome genérico que se dá para todos os procedimentos em que o coração é acessado por intermédio da introdução de cateteres, com a punção de uma artéria ou uma veia.

Na grande maioria dos casos, quando se fala em cateterismo cardíaco, está se referindo ao estudo realizado das artérias coronárias visando à detecção de obstrução ou de entupimento desses vasos.

Hoje em dia, esse tipo de procedimento diagnóstico invasivo é realizado basicamente para determinação da presença ou não de obstruções (estreitamentos) das artérias coronárias (neste caso, ele é chamado de cinecoronariografia).

Além de ser o padrão-ouro para a identificação dessas obstruções, a cinecoronariografia também determina se há a necessidade ou não do seu tratamento.

De modo geral, o cateterismo é um exame bastante rápido, realizado em torno de 15 a 20 minutos. No caso do cateterismo ser feito para tratamento de uma doença cardíaca, o tempo pode variar de 30 minutos a duas ou três horas, dependendo da complexidade do caso a ser tratado.

O tratamento das obstruções das coronárias por cateter pode ser realizado por duas vias de acesso. A primeira delas, utilizada há mais tempo, é feita pela punção de uma artéria localizada na região da virilha (artéria femoral). Mais recentemente, uma outra via de acesso ainda menos invasiva foi desenvolvida, utilizando a punção de uma artéria localizada no punho (artéria radial).

A utilização da artéria radial apresenta várias vantagens em relação ao acesso tradicional, pela virilha. Você pode obter mais informações sobre essa via de acesso e suas vantagens na aba Acesso Radial”.



O médico cardiologista Gilberto Lahorgue Nunes responde a mais uma pergunta que surge com frequência em sua clínica.

Para isso é necessário, em primeiro lugar, mudanças no estilo de vida, que envolvem a realização de exercícios físicos com regularidade e a manutenção de uma dieta alimentar saudável. Essa alimentação deve ser rica em fibras, legumes, verduras, e pobre em carboidratos e gorduras saturadas.
Em segundo lugar, também é importante o controle dos fatores de risco, como a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes e os níveis elevados de colesterol.
E finalmente, outra atitude fundamental é parar de fumar.

Com ações simples, é possível se ter uma vida mais saudável e mais prolongada, evitando complicações sérias que podem comprometer a qualidade de vida.



As doenças cardiovasculares, especialmente o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral, representam a principal causa de morte em adultos no Brasil.
O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes destaca os principais fatores de risco que aumentam a chance de a pessoa ter uma dessas complicações.

Existem vários fatores de risco que levam a pessoa a ter uma dessas doenças cardiovasculares.
Quais são eles?
– História de morte cardíaca súbita na família, especialmente com idade abaixo de 50 anos
– Obesidade
– Sedentarismo
– Diabetes
– Níveis elevados de colesterol e triglicerídeos
Hipertensão arterial sistêmica

Todos esses fatores de risco contribuem para aumentar o chamado risco cardiovascular. Devem ser monitorizados e tratados precocemente a fim de se evitar complicações sérias e, eventualmente, fatais.



O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes esclarece sobre o tempo de duração do cateterismo quando para diagnóstico ou tratamento

Cateterismo cardíaco é o nome genérico que se dá para todos os procedimentos em que o coração é acessado por intermédio da introdução de cateteres, com a punção de uma artéria ou uma veia.

Quanto tempo demora um cateterismo?
Na grande maioria dos casos, quando se fala em cateterismo cardíaco, está se referindo ao estudo realizado das artérias coronárias visando à detecção de obstrução ou de entupimento desses vasos.

De modo geral, o cateterismo é um exame bastante rápido, realizado em torno de 15 a 20 minutos. No caso do cateterismo ser feito para tratamento de uma doença cardíaca, demora um pouco mais, o tempo podendo variar de 30 minutos a duas ou três horas, dependendo da complexidade do caso a ser tratado.

Saiba mais – Hoje em dia, o cateterismo é utilizado basicamente em adultos para se verificar a presença ou não de obstruções nas artérias coronárias, que são aquelas que irrigam o músculo cardíaco. Diagnósticos de outras doenças, como doenças de válvulas cardíacas podem ser realizados de maneira menos invasiva, por meio de exames como ecocardiograma e outros. Mas para detectar obstruções em coronárias, o cateterismo cardíaco ainda é o procedimento padrão outro, o exame mais recomendado para definição da anatomia dessas obstruções e, consequentemente, para a seleção do tratamento.

O cateterismo cardíaco é um procedimento de rotina, com baixíssimo risco de complicações. O risco de complicações graves, como morte, infarto, durante a realização do cateterismo é abaixo de 1%. Pode ser realizado por duas vias. A via utilizada há mais tempo é através de uma punção de uma artéria localizada na região da virilha (a femoral). Também pode ser feito através da punção de uma artéria localizada no punho, que é a artéria radial.

São várias as vantagens da realização pelo acesso radial em comparação com o feito pela virilha. Em primeiro lugar, o paciente tem a possibilidade de imediatamente após o procedimento levantar da mesa de exames e caminhar, sem necessidade de manter um repouso na cama, deitado ou com a perna imóvel, como acontece com o cateterismo pela via femoral.

Segundo, e mais importante de tudo e que já está demonstrado, é que ao se realizar o cateterismo pelo punho reduz significativamente a chance de complicações no local da punção da artéria, como hematomas ou, mais sérias, como a fístula arteriovenosa, o pseudoaneurisma, ou mesmo a perfuração de um vaso. Ou seja, é um exame mais seguro se realizado pelo punho do que pela virilha.
É um exame fundamental para definição dos pacientes que têm quadros de angina e é salvador de vidas para aqueles indivíduos que se apresentam com quadro agudo de infarto do miocárdio.



Os stents coronários são pequenas próteses metálicas utilizadas para desobstruir estreitamentos nas artérias coronárias (vasos que irrigam o músculo cardíaco), que provocam o surgimento de dor no peito desencadeada por esforços físicos (angina) ou, em casos extremos, quadros de infarto do miocárdio ou pré-infarto.

Os stents não enferrujam, não quebram, não apresentam rejeição e não saem do local, desde que adequadamente implantados e expandidos. O médico cardiologista Dr. Gilberto Lahorgue Nunes destaca ainda que eles são extremamente eficazes no alívio dos sintomas de angina e, em quadros de infarto e pré-infarto, reduzem o risco de complicações graves, inclusive a ocorrência de morte. 

Essas próteses são feitas de ligas metálicas (tais como cromo ou cobalto), resistentes apesar de possuírem hastes finas, e se conformam completamente à anatomia do vaso.

Os stents são implantados no local da obstrução por meio da insuflação de um pequeno balão, sobre o qual a prótese vem montada, que é introduzido na circulação através de cateteres avançados até o coração a partir da punção de uma artéria localizada no punho (acesso radial) ou na virilha (acesso femoral). As próteses utilizadas atualmente vêm impregnadas com medicamentos que bloqueiam a ocorrência de cicatrização excessiva ou inflamação no local do implante.


Dr. Gilberto Nunes | Clínica Cardiologista Porto Alegre